terça-feira, 10 de abril de 2012

De volta aos Andes


27 de Setembro a 1 de Outubro

Depois de 9 dias em Montañita regressámos a Guayaquil para seguir para Baños de Ambato no centro do Equador, cidade conhecida pelas lindas cascatas que tem próximas. O primeiro dia em Baños foi dedicado a comunicar a nossa decisão de ficarmos no continente Americano às pessoas de quem gostamos. Algumas reagiram com surpresa, outras com um misto de tristeza alegria, mas no geral todas nos apoiaram e deram-nos força para seguirmos o nosso sonho. Neste dia demos ainda início aos nossos planos para os próximos tempos. A ideia inicial foi apanhar um voo de Bogotá para Cuba, mas o pai do Vitor deu-nos a ideia de conhecermos a América Central, e países que tão cedo não teríamos oportunidade de visitar. Foi mesmo isso que decidimos, apanharíamos depois o voo para Cuba a partir de Cancun, onde já estava planeado encontrarmo-nos com a Guida e o Vasco, que tinham lá férias marcadas para 4 de Dezembro. Fizemos também uma estimativa do dinheiro que ainda tinhamos, e quanto gastariamos diariamente em comida, transporte e alojamento. A partir daqui os gastos teriam de ser ainda mais controlados. Quando o dinheiro estivesse a acabar estava planeado trabalhar por um período de aproximadamente seis meses para juntar dinheiro e seguir viagem. A cidade que então tínhamos em vista era Miami.

O dia seguinte foi ocupado a percorrer uma trilha que existe pelas montanhas que circundam a cidade. De facto, esta é das imagens mais características de Baños: todas as suas montanhas cobertas de vegetação densa.
 Mas a cereja no topo do bolo, ainda iamos descobrir no dia seguinte: as sete maravilhosas cascatas que se estendem ao longo de um percurso que desbravámos de bicicleta. Infelizmente saímos um pouco tarde, e não tivemos de chegar à última onde se podia tomar banho, mas as outras seis valeram bem a pena. Talvez a que nos tenha impressionado mais tenha sido a sexta, baptizada com o nome Pailón del Diablo. Despois de pagar entrada, desce-se uma enorme escadaria, e ficamos mesmo a observar a cascata de muito perto. A água cai com tanta força que ficamos todos salpicados. Já de noite e a pingar (tinha estado de chuva todo o dia), voltámos de camião ao hostel. Um banho quente nunca tinha sabido tão bem.


Nos últimos dois dias, fizemos uma visita ao vulcão Quilotoa, que tem uma lagoa de água azul no interior da sua cratera. Tivemos que apanhar um autocarro até Latacunga, onde almoçámos, e daí apanhar outro até ao vulcão que demorou cerca de 3h. Do lugar onde o autocarro nos deixou até ao topo do vulcão ainda tivemos que caminhar alguns quilómetros, mas o longo percurso desde Baños foi merecido, o vulcão e a lagoa são lindíssimos. Como já era tarde, decidimos pernoitar em Quilotoa. Tivemos direito a lareira no quarto e a um jantar com sopa típica: creme de legumes com pipocas.
Após uma noite bem dormida, descemos desde o topo da cratera do vulcão até à beira da água da lagoa. É, de facto, muito bonito. Recuperámos energias ao almoço e voltámos a Baños para buscar as nossas malas que tinham ficado no hostel, e seguimos para Misahuali, no coração da floresta Amazónica.

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