tag:blogger.com,1999:blog-18622983966213800322024-03-13T16:54:36.896-07:00O caminho faz-se ao andarAntónio MachadoVitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.comBlogger32125tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-39846254711363613062012-04-10T21:43:00.002-07:002012-04-10T21:43:32.560-07:00Amazónia Equatoriana<br />
2 a 6 de Outubro<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFw6RzG72t4Igli0ZBEq6vVlAAHVemGSE4OJfFDAPGfNQaPsuCC5N3n58KkHl5MwIkNE_-VgTcTKxfJ_LMyqtr5ZgQ1Y0PBYzbkYxkestWmRGcdNFJGjx67-RNUP5JO5Xwm6Foz3udj76L/s1600/IMG1013A.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFw6RzG72t4Igli0ZBEq6vVlAAHVemGSE4OJfFDAPGfNQaPsuCC5N3n58KkHl5MwIkNE_-VgTcTKxfJ_LMyqtr5ZgQ1Y0PBYzbkYxkestWmRGcdNFJGjx67-RNUP5JO5Xwm6Foz3udj76L/s320/IMG1013A.jpg" width="320" /></a>Durante a viagem, mesmo dentro do autocarro, foi notória a transição do clima frio e seco dos Andes para o ar quente e abafado da Amazónia, isto num espaço de cerca de 3h. Chegámos a Tena por volta das 2h da manhã, a cidade estava completamente deserta. Depois de andarmos uns 20 minutos a tocar às campainhas dos hostels a perguntar pelos preços, lá encontrámos um onde estavam dois homens idosos, podres de bebedos, que nos fizeram um bom preço. Aí pernoitámos uma noite, com intenções de seguir para Misahuali no dia seguinte.<br />
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A viagem para Misahuali durou apenas uma hora. É uma vila que se resume a uma oraça com um jardim, onde vivem vários macacos que não param durante todo o dia, e algumas ruelas, cujas estradas são todas de terra batida. A Carolina ficou na praça a guardar as malas na companhia dos macacos, enquanto eu fui procurar um hostel barato. Contudo, os preços ali eram um pouco caros para nós, e portanto, decidi pôr-me a andar por uma ruela, a ver se encontrava algo mais em conta. Depois de caminhar um pouco, cruzo-me com um senhor que me pergunta: "Que buscas?". Este foi o nosso dia de sorte, ele tinha uma vivenda ali perto, com uma cabana para alugar, por um preço muito bom. O melhor disto é que esta cabana era a dez passos do rio Misahuali, coberta de uma vegetação sem fim, com um verde que nunca antes tínhamos visto! Tinhamos chegado à Amazónia. Depois de ver a cabana e o lugar, fiquei maravilhado e ansioso de o mostrar à Carolina. Depois de almoçarmos os três, seguimos para a cabana. A Carolina adorou. Sem dúvida que este lugar onde ficámos os quatro dias fez mesmo a nossa estadia em Misahuali mais especial, era maravilhoso.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvWGQWz_QW6i1HJEwN8C4KUilfgp5CzU1cXP4OjOMzlHDqSGXG-FmlAH8dPIUFAEPjjJGexiw_p71Ce5XAHD58Ia2GpCwPoCrkW98Xdz_841zTrNSXND70cpUfKpePAoPZ2kg54xQj2WD5/s1600/IMG1025A.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvWGQWz_QW6i1HJEwN8C4KUilfgp5CzU1cXP4OjOMzlHDqSGXG-FmlAH8dPIUFAEPjjJGexiw_p71Ce5XAHD58Ia2GpCwPoCrkW98Xdz_841zTrNSXND70cpUfKpePAoPZ2kg54xQj2WD5/s320/IMG1025A.jpg" width="320" /></a></div>
Passámos o resto do dia no rio, simplesmente a apreciar a beleza que nos rodeava. No dia seguinte acordámos um pouco tarde. Tínhamos planeado descer o rio que tinha alguns rápidos, em cima de umas boias redondas, actividade que ali era chamada de tubbing. No entanto, o nosso dinheiro tinha acabado, e não havia multibanco em Misahuali, pelo que tivemos de voltar a Tena para levantar dinheiro. É engraçado observar que cada país tem a sua forma de funcionar em certos aspectos, aqui, nos autocarros, quando uma pessoa quer descer, diz "Gracias" e o motorista pára o autocarro em qualquer lugar. Quando chegámos a Misahuali já não dava tempo para muita coisa. Pegámos na comiga e montámos um piquenique à beira-rio, e ali ficámos a passar o resto da tarde. Há muitas actividades que se podem fazer aqui, há tours na selva, onde se conhecem as tribos indígenas, come-se comida típica, anda-se nos barcos deles, pode-se também fazer desportos radicais, etc. Contudo, para nós, observar o rio a correr e o som da água a bater nas rochas, o verde à nossa volta, as cores do céu ao entardecer, os macacos a brincarem na praça, era demasiado bom, e não se tinha de pagar.<br />
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Nos dias que se seguiram fizemos um caminhada por um parque ali perto, supostamente o caminho levar-nos-ia a uma cascata, mas quando lá chegámos deparámo-nos com um monte de pedras, a cascata estava seca. Fizemos também o tubbing com um rapaz amigo do senhor que nos alugou a cabana, que nos cobrou uma ninharia, mostrou-nos algumas árvores especiais da zona, e levou-nos a uma cascata e escorregas naturais, foi bastante divertido. Optámos por não fazer a tour à selva, porque de há uns tempos para cá nos apercebemos que estas comunidades indigenas vivem quase apenas do turismo e por isso, nos parecem demasiado "trabalhadas" para o turismo, interessadas em vender tudo e mais alguma coisa, cantar e dançar uma música típica para dizermos "ah, que giro", de modo a sacar o máximo de dinheiro ao gringo, perdendo assim, toda a naturalidade. Se quisermos passar tempo com indigenas a sério, temos que ir mais adentro na selva, mas isso pode levar dias, mas convém ir com alguém que conheça a zona, pois há bastantes animais selvagens, o que sai bastante caro.<br />
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27 de Setembro a 1 de Outubro<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2rrtP_FBb-fxm_4AcuSvTyDtEOv7gd7LTdRKkGGvjS_4Z9CgQCusMJcvSovzaNyJx5-Tru31s2Cu5q3ggRt1_d_5zK0tuHII3rIz4jYlFk0TGrMmZ9dJVVGie1STnDgWtjcKzSYHjxsj-/s1600/IMG0786A.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2rrtP_FBb-fxm_4AcuSvTyDtEOv7gd7LTdRKkGGvjS_4Z9CgQCusMJcvSovzaNyJx5-Tru31s2Cu5q3ggRt1_d_5zK0tuHII3rIz4jYlFk0TGrMmZ9dJVVGie1STnDgWtjcKzSYHjxsj-/s200/IMG0786A.jpg" width="200" /></a></div>
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O dia seguinte foi ocupado a percorrer uma trilha que existe pelas montanhas que circundam a cidade. De facto, esta é das imagens mais características de Baños: todas as suas montanhas cobertas de vegetação densa.<br />
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18 a 26 de Setembro<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQWdffnmL3SuuXOUIaNS3hBwexk8ZmU5gZDDbgF89bQpIzFQDVNO1GaRtuojCk3ef4whx0WGd0Dopf2rHPVbBNfJnLsuwmyz7eW0ZzYfirFatJN3L9OLNzwsCCsD88cfm8uWeP4SRPnbI3/s1600/IMG0676A.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQWdffnmL3SuuXOUIaNS3hBwexk8ZmU5gZDDbgF89bQpIzFQDVNO1GaRtuojCk3ef4whx0WGd0Dopf2rHPVbBNfJnLsuwmyz7eW0ZzYfirFatJN3L9OLNzwsCCsD88cfm8uWeP4SRPnbI3/s200/IMG0676A.jpg" width="200" /></a>Chegámos a Montañita pelas 9h da manhã, cheios de sono e sem hostel reservado. À saída do autocarro estava um casal de jovens a perguntar precisamente se já tínhamos onde dormir.<br />
Este foi dos melhores hostels onde ficámos, as paredes do quarto feitas de uma espécie de bambu, cama de rede na varanda, e um pequeno-almoço incluído bastante bom e completo. Montañita foi mais um destino sugerido por outros viajantes, todos diziam que se íamos para o Equador, tínhamos que visitar esta pequena vila à beira do Pacífico, mais conhecida pela sua vida nocturna animada.<br />
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De facto, é um lugar muito catita, as casas, bares e restaurantes todos feitos de madeira e palha, e as pessoas eram muito simpáticas. Nos primeiros dois dias vagueámos pelas ruas e pela praia, infelizmente o tempo estava muito nublado, não muito propício ao típico dia de praia, o que não nos impediu no entanto, de ir à água, que para nós estava até bastante boa.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi8v6ttrB5iB6twe2RZZKl56UXhGhUB56bG2a5_CxVfl3EfugEqt_bcVa1Qaql0gY9aMQasfsI5xoAXUxhyphenhyphenq_37ZnmO3_irzxFN01q-GVUU53rAZprfR54YucWZV5QFHK5zS7hqWLrq-GK/s1600/IMG0570A.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; display: inline !important; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi8v6ttrB5iB6twe2RZZKl56UXhGhUB56bG2a5_CxVfl3EfugEqt_bcVa1Qaql0gY9aMQasfsI5xoAXUxhyphenhyphenq_37ZnmO3_irzxFN01q-GVUU53rAZprfR54YucWZV5QFHK5zS7hqWLrq-GK/s200/IMG0570A.jpg" width="200" /></a><br />
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Foi em Montañita que descobrimos uma das sete maravilhas gastronómicas desta viagem: os gelados mais maravilhosos que alguma vez comemos! No terceiro dia, começámos a explorar algumas das actividades que podíamos fazer por ali. Informámo-nos de quanto custaria ir às Galápagos, mas estava muito fora do nosso orçamento (500 dls a hipótese mais barata). Mais perto ainda está a Isla de la Plata, que é chamada "Galápagos dos pobres", onde também existem alguma espécies endémicas, e cujo preço era bem mais em conta. Enstávamos bastante inclinados a visitar a Isla de la Plata, quando um rapaz nos propôs que experimentássemos algo diferente. Longe de nós sabermos que iriamos com isto descobrir uma das nossas paixões: mergulho.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy8w4kNr-EtEoHKstRMA2iTYf5WR7QxNKuHtWV7mNIw8w77mM2uLbv2n5qQHCdp_5ayyOS3-mub6ilbLWBH6b6zm_7NtZMKiT-kiqHGnFKSPFOVu-h0IwX7FJ7cWNm8qe4sIli9vJAoMGz/s1600/IMG0603A.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy8w4kNr-EtEoHKstRMA2iTYf5WR7QxNKuHtWV7mNIw8w77mM2uLbv2n5qQHCdp_5ayyOS3-mub6ilbLWBH6b6zm_7NtZMKiT-kiqHGnFKSPFOVu-h0IwX7FJ7cWNm8qe4sIli9vJAoMGz/s320/IMG0603A.jpg" width="320" /></a><br />
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"Os peixes que passam diante do teu olhar, a certeza de que a vida existe quando, por um instante, descemos a este mundo submerso que não é o nosso e depositamos o peso que trazemos do mundo que é o nosso e assim nos reconstruímos, porque a água tudo limpa.<br />
Miguel Sousa Tavares"<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggElmnhFIdZsEh5twDvoa1sIOMaSBdL2-JYFjbkb4ibfiprBW-gqnPdwFfBHWocqC6W0rFm36yYsDZr0O2CplmP9FjlGyT4KooceXRsfBATgboqPdFZaUGO89V1iooqJ389BhCnl_7QBe_/s1600/IMG0711A.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggElmnhFIdZsEh5twDvoa1sIOMaSBdL2-JYFjbkb4ibfiprBW-gqnPdwFfBHWocqC6W0rFm36yYsDZr0O2CplmP9FjlGyT4KooceXRsfBATgboqPdFZaUGO89V1iooqJ389BhCnl_7QBe_/s320/IMG0711A.jpg" width="320" /></a></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxae0hRA9jHHLz4lhWuwcGEBwNJJJv2Vh4ubbGwqn1d_yQ4IOzby4RM14VboGzNpR02McWPRaMyaSd4wXtEIT-jFjOMABzHU9PYAJeLOi_Ew2XH6cklt8g5_BhyphenhyphenZd10dRrGzPdgaHtJZy6/s1600/IMG0669A.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxae0hRA9jHHLz4lhWuwcGEBwNJJJv2Vh4ubbGwqn1d_yQ4IOzby4RM14VboGzNpR02McWPRaMyaSd4wXtEIT-jFjOMABzHU9PYAJeLOi_Ew2XH6cklt8g5_BhyphenhyphenZd10dRrGzPdgaHtJZy6/s320/IMG0669A.jpg" width="320" /></a><br />
Nos dias seguintes estivemos simplesmente a relaxar, disfrutando do que Montañita tinha para nos oferecer: praia e noite. No entanto, há que destacar o nosso sexto dia em Montañita. Era dia 2x, e planeávamos o que iamos fazer até ao final da viagem ( 7 de Outubro). Estávamos no primeiro andar do hostel, numa cama de rede virada para a rua, de portátil ao colo, e o ecrã preenchido com o mapa da América do Sul. As duas hipóteses em cima da mesa eram ficar no Equador até ao final da viagem, ou seguir para a Colômbia e Venezuela, e apanhar o nosso voo em Caracas onde fazia escala. <br />
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Foi então que o sentimento acumulado ao longo da viagem, que ambos pensávamos mas não diziamos, veio à superfície. A Carolina virou-se para mim e disse que não queria voltar já, que não fazia sentido, que ainda havia muito por descobrir. Ela teve a coragem de dar o pontapé de saída. Eu, retraí-me. Comecei a rir-me e a dizer que ela estava doida. É óbvio que achei a ideia alucinante, mas algo impossível de ser feito, principalmente porque tinha um mestrado para acabar e o tema da tese acordado com a orientadora, para não falar das saudades que tinha de todos em Portugal. Parecia algo que seria possível num sonho, e não na realidade. No entanto, a Carolina continuou a defender a ideia com seriedade, e quando comecei a fazer-me as questões "Porque não?", "O que tenho a perder e a ganhar?", um sentimento de liberdade apoderou-se de mim, que deitou todos os medos abaixo. Passadas algumas horas de reflexão, disse-lhe que sim com um sorriso de orelha a orelha (ainda que não acreditasse bem no que estava a dizer), fazia-me todo o sentido ficar. Decidimos nesse dia ir jantar para celebrar, uma bela mariscada ao som de música cubana e danças de salsa. Ficou decido então que ficaríamos no Equador até dia 7 de Outubro, nesse dia apanharíamos o nosso voo de regresso, mas em vez de seguirmos para Lisboa aproveitaríamos a escala para caracas e ficaríamos na Venezuela para continuarmos a nossa viagem. Ficámos em Montañita um total de 9 dias, passados de fato-de-banho e chinelos, ao sabor de bons mojitos e na companhia de boas pessoas. Sempre recordaremos este lugar pela descoberta da paixão de fazer mergulho, e também pela viragem que as nossas vidas aqui tiveram.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEillgkhLX7PnaL8Ex1Vebi9K35A9Zc9uzbTcMvKLayKKaUvtbOr9-ASACAOJ-sP-ZYq0S24i_bpRSIrBokQUcvzZV2_A7ft2W04czy1O9immetY5PYwjuazOnH0j1XIww4lIZVgYKMbVF1a/s1600/IMG0586A.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEillgkhLX7PnaL8Ex1Vebi9K35A9Zc9uzbTcMvKLayKKaUvtbOr9-ASACAOJ-sP-ZYq0S24i_bpRSIrBokQUcvzZV2_A7ft2W04czy1O9immetY5PYwjuazOnH0j1XIww4lIZVgYKMbVF1a/s320/IMG0586A.jpg" width="320" /></a><br />
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<br />Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-28396310000105633592012-04-10T21:12:00.005-07:002012-04-10T21:44:31.783-07:00Entrada no Equador17 e 18 de Setembro<br />
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Depois do episódio desagradável que nos aconteceu na fronteira do Perú para o Equador nada mais nos restou do que seguir viagem. A viagem até Cuenca demorou ainda algumas horas, e acabámos por descobrir que tinhamos ido para lá um pouco ao engano... Queríamos chegar a Baños de Ambato e fomos para Baños de Cuenca, uma pequena vila com águas termais. Valeu bem a pena! Enquanto relaxavamos nas termas, o Vitor recuperou o bom humor, e depois de tantas desventuras soube mesmo bem. Jantámos e dormimos que nem uns anjinhos, e acordámos todos bem dispostos, até descobrirmos que nos faltava a máquina fotográfica. Tinhamo-la visto na mochila antes de atravessar a fronteira, por isso concluímos rapidamente que enquanto tínhamos ido carimbar os passaportes, os burlões a tinham roubado. Mais um dia estragado... Tantas fotografias bonitas perdidas (principalmente as de Machu Picchu)... E agora estávamos sem máquina... Enfim... Iniciámos a viagem para Montañita, com escala em Guayaquil.Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-11571520396862397572012-04-10T21:11:00.002-07:002012-04-10T21:11:33.440-07:00Um desvio acidental<br />
17 de Setembro<br />
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Normalmente os condutores avisam em que lugar estamos quando fazem uma paragem. Esta vez não foi excepção, o nosso é que estava demasiado pesado. Quando acordámos já tinhamos passado o nosso destino há cerca de uma hora, e estávamos em Tumbes, na fronteira com o Equador. Saímos ainda meio a dormir do autocarro e enquanto recolhíamos as malas da bagageira um senhor disse que nos podia levar de volta até Mâncora, e o preço era bastante bom. Dentro do taxi, estava um colega do motorista, e quando já estavamos dentro do carro prontos para partir, entra outro amigo. Este último era o mais interactivo e simpático, muito interessado em nós e na nossa viagem, fazendo inclusavamente questão de se dirigir a nós pelo nome próprio, este amigo tinha a arte de fazer conversa. Em quase dois meses de viagem na América do Sul, as pessoas tinham sido sempre simpáticas e honestas connosco, e, embora sempre atentos, nunca tínhamos tido razões para desconfiar de ninguém. Portanto, quando este amigo nos disse que dentro de quatro dias ia haver uma manifestação e a que a fronteira ia estar temporariamente fechada (e seria assim impossível passar para o Equador), nós, patinhos, acreditámos. Em menos de 10 minutos dentro do carro, conseguiu convencer-nos a seguir para o Equador (para onde iriamos depois de Mâncora) em vez de voltarmos para trás. Quando finalmente acordámos para a vida, começámos a achar a situação um pouco estranha. Dois macambuzios no carro com três homens que os tinham convencido a mudar de ideias. Bem que podíamos tentar ver pelas placas se nos levavam para o lugar correcto, e então? Estávamos completamente nas mãos deles! Tememos que nos pudessem fazer algo. A caminho, o amigo iamos falando sobre o ambiente na fronteira, dizendo que há bastante tráfico e que é muito perigoso atravessá-la. Quando chegamos, está uma estrutura de madeira a cortar a passagem da estrada, e um polícia a guardá-la. Este diz aos senhores do taxi que não podem passar. O simpático sai do carro, dá-lhe uma prenda, e este abre a passagem. Finalmente, já na fronteira na vila de Águas Verdes, deparamo-nos com um ambiente estranho, mas não propriamente perigoso. Eles param o carro e dizem que são 70 dolares por cada um. Nós ficamos pasmados e dizemos que eles estão loucos e que não podemos pagar esse dinheiro. Eles insistem e dizem que está tudo incluído, o transporte, a segurança e a passagem de autocarro para a cidade destino no Equandor. Parece que toda esta conversa, todo este teatro de ser perigoso, etc., era só um esquema para nos sacarem dinheiro. Depois de muito tentarmos regatear eles disseram que tinha de ser assim, que tínhamos que pagar, e que nos tínhamos de apressar porque não podiam estar ali parados. Não tínhamos aquele dinheiro connosco, e mais uma vez fomos patinhos por não termos a destreza de inventar que não tínhamos dinheiro na conta e que estávamos à espera de uma transferência, ou algo do género. Em vez disso, a Carolina foi com o simpático ao multibanco levantar dinheiro. Mais uma vez se notou o ambiente estranho do lugar, pois para ela poder levantar, o simpático teve de oferecer mais uma prenda ao polícia. Enquanto eu estava no carro à espera, abri o vidro e um deles disse-me para o fechar, que aquilo ali era muito perigoso e era muito arriscado ter o vidro aberto. Por aquela altura já me tinha apercebido da teatrada, mas obedeci. Depois de lhes pagarmos, deixaram-nos com outros dois amigos equatorianos, que nos levaram até ao lugar onde compraríamos o nosso bilhete de autocarro. Comprar? Então não estava incluído? Primeira mentira detectada... Com o bilhete, seguimos para as migrações do Equador, para dar entrada no país. Aí, perguntámos a um senhor se a fronteira era assim tão perigosa, e se era normal pagar-se tanto para atravessá-la. Ele, admirado, disse que não! Que era um lugar tranquilo, e que bastava pagar 4 dolares e atravessá-la de autocarro. Caiu-nos tudo. Era tudo mentira. O senhor, parecia ainda mais perturbado que nós, e sai-se com a frase: "Peruano hijo de puta!", também pensei o mesmo... Apetecia-me mesmo voltar atrás e dar três marteladas na cabeça de cada um. Das várias lições que pudemos tirar daqui, uma delas é nunca aceitar uma viagem ou o que quer que seja sem antes perguntar o preço.<br />Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-69391689289933590562012-04-10T20:59:00.001-07:002012-04-10T21:10:47.667-07:00Ruínas Chan Chan<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRZnR4bZO362GIGjiEiFNp34JAAk8GKLDGZoCRRVlwL4qDrJbG7RFZBeGHQzH2YPJhPm3POQ4fvTB7z_BYBEygPPU1LiH-dujZ5UW0CNUeKe-RNSQyxPo6Lvc8oKXaZhCirjap4wfErceN/s1600/chanchan4.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br /><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRZnR4bZO362GIGjiEiFNp34JAAk8GKLDGZoCRRVlwL4qDrJbG7RFZBeGHQzH2YPJhPm3POQ4fvTB7z_BYBEygPPU1LiH-dujZ5UW0CNUeKe-RNSQyxPo6Lvc8oKXaZhCirjap4wfErceN/s200/chanchan4.jpg" width="200" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2TRvZhyphenhyphenrTH7CnmcisXAv8CHSP9_Z36g-oroeWDZZFYHcVqIDgKoZdwTQmg4tlUciMXVJXmS9lG9UW6865uPZNA7p7kpPjkpQsNeJBGUgzLASIG0-TVCJCtMU5Rej3ctWJH9ScjbC7r0U0/s1600/chanchan5.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2TRvZhyphenhyphenrTH7CnmcisXAv8CHSP9_Z36g-oroeWDZZFYHcVqIDgKoZdwTQmg4tlUciMXVJXmS9lG9UW6865uPZNA7p7kpPjkpQsNeJBGUgzLASIG0-TVCJCtMU5Rej3ctWJH9ScjbC7r0U0/s200/chanchan5.jpg" width="200" /></a><br />
14, 15 e 16 de Setembro<br />
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Para chegarmos a Trujillo foi necessário quase um dia e meio de viagem: 22h de Cuzco a Lima, e uma noite de Lima a Trujillo. No Perú estas viagens não são um problema tão grande porque os autocarros são muito confortáveis. De Trujillo deslocámo-nos até Huanchanco, uma vila à beira do Pacífico e deslocada da cidade, onde encontrámos alojamento barato. O principal ponto de interesse eram os sítios arqueológicos em redor da vila, que visitámos no dia seguinte. Comprámos um bilhete geral para as várias ruínas e seguimos de taxi até aos vários pontos... Também é possível fazer este percurso de autocarro, mas além de ser muito mais demorado, os taxis no Perú são muito baratos. A maior parte dos vestígios eram coloridos na altura em que foram erguidos. Actualmente podemos ver os edifícios enormes e os lindíssimos relevos que sobreviveram. As ruínas que mais nos impressionaram foram as de Chan Chan. São extensíssimas e grande parte delas ainda está por escavar. Foi novamente com alguma tristeza que constatámos que se estas ruínas se encontrassem nos EUA seriam famosissímas e estariam todas escavadas. Em Huanchaco aproveitámos ainda para passar pela praia, afinal de contas era a primeira vez que estávamos no Oceano Pacífico. A praia é extensa e a água tem uma tonalidade entre o azul escuro e o cinzento. Durante o nosso passeio apanhámos vários búzios que enviámos mais tarde para Portugal. Um grande mistério que nos deixou bastante intrigados foi a quantidade de animais mortos que apareceram ao longo da costa (um leão marinho, um gato e uma ave). Uma coisa muito típica desta zona do Perú que tivemos oportunidade de ver na praia são os Caballitos de Totora, umas embarcações feitas de uma espécie de palha (Totora), que são usadas pelos nativos para pescar há milhares de anos.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgScotu6pLgxt5HXoNJ6kj6adIhN13pzB5NBvAXSiw-pg5HcrQuJJa8izM0jUdWI7ozuA8Q2ghPZdvU6Vhem076ALBtjSfy0cA7ABheOMbCvJ8hK9rX3nRvvaRoGdzTBkEaA-CSf8lPVhRa/s1600/chanchan2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgScotu6pLgxt5HXoNJ6kj6adIhN13pzB5NBvAXSiw-pg5HcrQuJJa8izM0jUdWI7ozuA8Q2ghPZdvU6Vhem076ALBtjSfy0cA7ABheOMbCvJ8hK9rX3nRvvaRoGdzTBkEaA-CSf8lPVhRa/s200/chanchan2.jpg" width="200" /></a><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9EUhYcd2bFBMzjYyUXaREOEq0N34gPe-IailbRYrGkyX_MZveX5gl_eFddIX2BJKFOutJw247XRgcnYjXiir_Ii0esdqohFAfubJvYyiEb16OQJf-fLG9oJ43FE5a80ct4RNcNVTX0P_-/s1600/huanchaco2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9EUhYcd2bFBMzjYyUXaREOEq0N34gPe-IailbRYrGkyX_MZveX5gl_eFddIX2BJKFOutJw247XRgcnYjXiir_Ii0esdqohFAfubJvYyiEb16OQJf-fLG9oJ43FE5a80ct4RNcNVTX0P_-/s200/huanchaco2.jpg" width="200" /></a><br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Deste lugar fica-nos também na memória as refeições de peixe e marisco, não muito caras e deliciosas. Servem sempre como entrada uns bagos de milho tostados e salgados e aguçam o apetite para as delícias que se seguem. Nós provámos arroz de marisco, camarões e peixe grelhado. Depois de dois dias em Huanchaco apanhámos o autocarro de volta para Trujillo, de onde seguimos para Mâncora (pensávamos nós!), mas isto são aventuras para o próximo post.Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-89082933699442687812012-02-16T04:01:00.001-08:002012-02-19T18:19:28.398-08:00Site da viagemAqui fica o site da nossa viagem<br />
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<a href="http://www.casanaestrada.com/">www.casanaestrada.com</a><br />
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onde pretendemos partilhar as nossas experiências e aventuras, e também dicas úteis difíceis de encontrar na internet, que apenas aprendemos graças às vivências dos últimos meses. Estas serão particularmente interessantes para quem estiver interessado em visitar determinado país, ou realizar uma viagem de longo curso, sem gastar muito dinheiro.<br />
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Enjoy!<br />
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<br />Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-72687519216468855232012-02-15T12:14:00.001-08:002012-02-15T12:14:44.826-08:001 mês e 18 dias<br />
Tenho aprendido a sorrir mais, a não fazer uma cara tão sisuda quando caminho pelas ruas mas na verdade estou a andar dentro da minha cabeça. Que dos estranhos não esperamos nada, por isso, nestas relações o pouco é muito. E o sorriso de alguém na rua, ou simplesmente uma palmada nas costas enquanto se diz: ânimo, que isto não é fácil têm um poder muito grande, quase tão grande como o quão é difícil explicar este poder. Tenho aprendido a ter saudades com paciência e amor, e não num desespero cego de não conseguir aproveitar o que está à minha volta. Tenho aprendido que às vezes é preciso esquecer e perdoar, e que às vezes é preciso não perdoar e não esquecer, ir para a praça todos os domingos e chorar os filhos que desapareceram sem explicação, erguer muros com poemas de guerra que pedem justiça com os mortos políticos, pintar nas árvores os nomes dos que foram sem razão e ir lá pintá-los outra vez quando alguém tenta apaga-los. Tenho aprendido que temos a capacidade de gostar muito das pessoas, mas também de seguir sem elas, sem rancor, porque pode não dar. E também que somos muito mais fortes do que aquilo que pensamos. Aprendi que comunicamos mais sem palavras do que com elas, e que há um brilho nos olhos que é comum a vários lugares do mundo. Sei que para a próxima, independentemente de tudo, o bilhete é só de ida, que não me quero deixar cair nos lugares comuns da vida. E não faz mal se daqui a dois anos já nada disto for verdade, importa que é verdade agora e que o sinto com todas as partes do meu corpo, com todas as partes do que sou. Aprendi que a seguir da segunda vem a terça e depois e quarta, e que os dias seguem sempre, os bons e os maus. E é tudo uma sucessão, uma sequência. Um respirar fundo antes de entrar na água fria, fechar os olhos, e ir com a maré. Mas ir, ir, ir. E saber que quando aqui falo em aprender, é um aprender muito para além dos livros, é um sentimento muito vincado, muito profundo, que terá sempre as suas marcas.<br />
Até já (:<br />
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<i>Carolina</i><br />Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-72216833021027952692012-02-08T01:26:00.000-08:002012-04-10T21:09:12.969-07:00A cidade perdida dos Incas<br />
Cusco<br />
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9 a 13 de Setembro<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRv8ir18vU6tPJ0cu-Zg6w9_HSnO5v2uo_QiM3PkW6U57y0I0OfNJu_ut9ATUw_faup006JELHHekhq25Aml0eEWqOXIBviX8RfY0OvdnVFv7wDdoc3YQusXW-nmsvrO_dC8DJbMhIajdr/s1600/DSC00800.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRv8ir18vU6tPJ0cu-Zg6w9_HSnO5v2uo_QiM3PkW6U57y0I0OfNJu_ut9ATUw_faup006JELHHekhq25Aml0eEWqOXIBviX8RfY0OvdnVFv7wDdoc3YQusXW-nmsvrO_dC8DJbMhIajdr/s320/DSC00800.JPG" width="320" /></a></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWxCpBXn42pM3DLCjRo78IsdHCwi2V96oiK5lv4T_iEAXENpS4-Fbqf4PZQm5FjIlz7HaBOeVXZxPQpzYBezFsAoRvyL7stHSz5o3wrLsKmRLvwpee4KEvxd98es9RUh9tr761L_dKEPt4/s1600/DSC00805.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWxCpBXn42pM3DLCjRo78IsdHCwi2V96oiK5lv4T_iEAXENpS4-Fbqf4PZQm5FjIlz7HaBOeVXZxPQpzYBezFsAoRvyL7stHSz5o3wrLsKmRLvwpee4KEvxd98es9RUh9tr761L_dKEPt4/s320/DSC00805.JPG" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O primeiro dia em Cusco foi passado a descobrir qual seria a maneira mais barata de chegar a Machu Picchu. A ideia de fazermos a famosa trilha Inca (percurso de 4/5 dias por caminhos feitos pelos Incas) ficou logo de parte, tem que ser reservada com alguns meses de antecedência e custa entre 400 a 500 dólares. Começámos então a averiguar outras maneiras de chegar ao santuário Inca. A mais comum é ir de van até Ollantaytambo, e daí seguir de comboio para Águas Calientes, uma vila a 6km de caminho de Machu Picchu. Contudo, esta opção continuava a ser dispendiosa demais para nós, os comboios são explorados por uma empresa americana, que toma grande partido de este ser o melhor meio de transporte até Águas Calientes, e cobra cerca de 100 dollars por ida e volta, ficando a tour em 180/200 dollars. Descobrimos então que era possível contornar o caminho do comboio e fazer a viagem toda de van, que duraria cerca de 7 horas. Munidos de papel e caneta, corremos muitas das centenas de agências que existem em Cusco, anotando os preços e os detalhes das viagens. Foi interessante reparar que quando colocávamos o papel com os preços das agências anteriores, a seguinte fazia sempre um preço mais baixo. Desta forma, conseguimos que uma agência nos cobrasse 100 dollars por mim, e 80 pela Carolina com cartão de estudante, que incluía o ingresso a Machu Picchu, transporte, dormida e alimentação durante toda a tour, um verdadeiro achado. Descobrimos também que nas redondezas de Cusco existe o Vale Sagrado dos Incas, e que se podia visitar por um preço bem barato, pelo que comprámos também essa excursão.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBM_e9JGWNRquEbVjyH7KQRx4N0AsqpZtKRNhOPluo1AIP3d962X90s1aEfQYHXZANoO-5LW_suAhlmglQ8FfZooNIlLoKGuXjqB7HIyZ6-2aiJ7BADqYdNwcY6DcN7VEpTr7UJvjSWSTg/s1600/DSC00827.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBM_e9JGWNRquEbVjyH7KQRx4N0AsqpZtKRNhOPluo1AIP3d962X90s1aEfQYHXZANoO-5LW_suAhlmglQ8FfZooNIlLoKGuXjqB7HIyZ6-2aiJ7BADqYdNwcY6DcN7VEpTr7UJvjSWSTg/s320/DSC00827.JPG" width="320" /></a></div>
Obviamente juntámos o útil ao agradável e fomos conhecendo a cidade de Cusco durante esse dia. É uma cidade catita, onde é muito agradável passear, apesar dos constantes "assédios" dos nativos, a tentarem vender seja o que for aos turistas, é demais. A sua arquitectura é muito própria, uma mistura de influências incas e espanholas. O muro da pedra dos 12 ângulos é uma prova disso, onde é possível observar claramente uma parte construída pelos Incas e outra pelos espanhóis. É impressionante constatar o encaixe perfeito do muro Inca, onde não é possível passar um fio de cabelo entre as pedras, ainda que algumas tenham 12 ou mais ângulos, está ainda hoje por explicar o seu método de construção.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4g5MwBgsZBLktpE3p8qXF6GALtdpGqBp_Wvtzb2p7mTB76gv9RGXHOwxhAVzip-sFFbQmq_7RW6zFyw8fr4Hu0ETh5hrhjfttv-t1nPEoyFN8lo0-6HvUWtKgowrBl6bUdZEt15N934go/s1600/DSC00884.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4g5MwBgsZBLktpE3p8qXF6GALtdpGqBp_Wvtzb2p7mTB76gv9RGXHOwxhAVzip-sFFbQmq_7RW6zFyw8fr4Hu0ETh5hrhjfttv-t1nPEoyFN8lo0-6HvUWtKgowrBl6bUdZEt15N934go/s320/DSC00884.JPG" width="320" /></a></div>
No dia seguinte visitámos o Vale Sagrado dos Incas. Este foi um excelente aperitivo para Machu Picchu, pois deu-nos a conhecer um pouco da história da civilização Inca e sua cultura. Além de podermos apreciar as magníficas paisagens, ficámos a saber que:<br />
- A grandeza da civilização Inca resultou da integração de vários povos, e da sua sabedoria e conhecimentos. Ao absorverem o que cada povo tinha de melhor, os Incas conseguiram erguer um império vastíssimo, que se extendeu desde o Sul do Chile até ao Sul da Colômbia;<br />
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- Os Incas foram excelentes agricultores. Em vários locais foram encontrados campos de cultivo com vários níveis de altitude, que correspondiam a diferentes microclimas, onde eram produzidos diferentes alimentos. Além disso, construiram sistemas de rega e engenhosos armazéns de argila no topo das montanhas, que permitiam conservarem os alimentos por imenso tempo;<br />
- Todas as construções incas revelam os elevados conhecimentos de engenharia deste povo. Desde os armazéns de comida aos monumentos e templos, todos os edifícios tinham sistemas anti-sismicos, que permitem que ainda hoje estejam de pé.<br />
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- A nivel sociológico, os Incas viviam num sistema que é hoje comparado ao socialismo. Todas as pessoas trabalhavam a favor do bem comum. Alguns exemplos desta filosofia são os milhares de homens que se juntavam para trazer blocos de pedras das montanhas para os locais de construção, e a comida que era sempre plantada e recolhida a pensar em todos os habitantes da comunidade.<br />
- Toda a cultura Inca está envolta em vários mistérios, que ainda hoje não conseguimos decifrar. Sabemos que além de exímios engenheiros, agricultores e filósofos, possuiam conhecimentos avançados de astronomia, metalurgia e farmacologia. Com a invasão espanhola, milhares de livros foram queimados e grande parte deste conhecimento perdido.<br />
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Não é por estarmos no outro lado do mundo que deixamos de ser tugas e de cumprir os nossos hábitos! No dia seguinte adormecemos e acordámos às 5h20 e picos. Num instante arrumámos tudo e, meio estremunhados, meio excitados, pusemo-nos a caminho de uma das sete maravilhas do mundo moderno. O caminho é todo feito de escadas construídas no meio do mato, um pouco mais íngreme do que imaginávamos. Foi tão cansativo como bonito, à medida que subíamos a paisagem ia ficando mais ampla, e podíamos observar a imensidão de montes que rodeiam Machu Picchu, lindíssimo! Acabámos por demorar apenas cerca de hora e meia na subida, mas ainda assim, atrasámo-nos 15 minutos, e o nosso guia que nos tinha avisado para que fôssemos pontuais, já não estava no lugar combinado. Nesse momento, já só estavamos preenchidos de excitação e curiosidade de ver esse lugar tão bonito, tão falado por todo o mundo, e partimos sozinhos ao seu encontro. Andámos por lá perdidos às voltas uns 20 minutos, mas não víamos nada. Até que perguntámos a um senhor onde ficavam as ruínas. Ele respondeu-nos que estavam mesmo à nossa frente, mas o manto espesso de nevoeiro não possibilitava a sua visão... Um sentimento de desilusão apoderou-se de nós, tanto quilómetro feito, para chegar ao topo e não conseguir ver dois palmos à nossa frente, ainda por cima com uma carga de chuva imensa a cair-nos em cima, que azar! Olhando para mim desolado e numa tentativa de consolo em vão, a Carolina disse com optimismo que isto ia passar e o dia se ia por bonito num instante.<br />
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Percebemos então que Machu Picchu tinha sido um santuário habitado sobretudo por sacerdotes, construído durante cerca de 100 anos sob as ordens do mais famoso imperador Inca, Pachacuti, e inacabado, devido à chegada dos espanhóis. O mais curioso é que este nunca foi descoberto pelos espanhóis, pois os Incas simularam a fuga para o vale sagrado, de modo a desviar a atenção sobre Machu Picchu, que apenas foi oficialmente descoberto e apresentado ao mundo em 1911, por um explorador norte-americano. Oficialmente, porque o local já era conhecido pelos nativos há muito tempo. Depois de terminada a visita guiada, tínhamos mais 2 ou 3 horas livres para passear por Machu Picchu, e assim o fizemos. Deambulámos por todos os caminhos possiveis, conhecendo cada canto deste lugar maravilhoso. Bastava disparar o botão da máquina para que saisse uma fotografia belíssima. Infelizmente não nos restaram muitas, pois mais à frente na viagem a nossa máquina foi roubada, e com ela, todas as fotos de Machu Picchu. Passados alguns minutos do meio dia, dissemos adeus a este belo lugar, e iniciámoscaminho de retorno a Cusco.<br />
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O dia seguinte era de viagem, mas ficámos no quarto até final da tarde, a recuperar forças. Despedimo-nos da cidade de Cusco com um belo jantar de comida típica, ao som de uma banda de música andina, que por sinal era bastante boa. Chegados ao terminal, decidimos mudar os nossos planos de viagem. Supostamente iríamos para Paracas, onde há um parque natural com pinguins, mas informaram-nos que não era tão fácil chegar lá como pensávamos, pelo que decidimos na hora viajar antes para Lima e daí para Trujillo, mais a norte do Perú, onde existem as ruínas Chan Chan, fica para o próximo post!<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyaM1s29eXBqSCTWbnq-jGypCIY2ggUSw9942D9MsH8O4R4xgs-4Y8cWnFDLTyzanDgtcJJpkdIIhVAHUg3' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
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<br /></div>Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-61704772291274828662012-02-05T22:15:00.000-08:002012-02-05T22:15:32.385-08:00Canyon Colca<br />
Arequipa<br />
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6 a 8 de Setembro<br />
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<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Chegámos a Arequipa já de noite. Ao apanharmos um táxi para o hostel tivémos contacto com um dos trânsitos mais loucos de sempre. Nos cruzamentos não há regras, os carros simplesmente vão avançando até terem um espacinho para passar, é tudo ao molho e fé em deus! O que é certo é que não presenciámos nenhum acidente. Depois de jantarmos voltámos ao hostel, onde um grupo de espanhóis de Las Palmas nos convidou a sentar na mesa com eles, e a compartir a sua cerveja. Ali ficámos à conversa pela noite fora. Lembro de nos contarem que tinham provado um animal que nunca tinham comido antes, que se vendia nas ruas, e que tinha garras e os dentes de fora! Depois de algumas tentativas de descrições, lá chegámos à conclusão que era o porquinho da índia. É, parece que no Perú este animal, para nós doméstico, é servido frito!<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifMRXl_6xkg5Mxal7q2Qx7NTlVmEm4MqrAHCuU6VG15gH6E5ynVOHwGkGd-O3kUrpX4jPIcY8q83u6jKbNjx8iQRSkZ4tbghorSUnlNwUjti2jJ2WwS1asMGNGhj8HMvcyRzvpWXvMt-FT/s1600/DSC00643.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifMRXl_6xkg5Mxal7q2Qx7NTlVmEm4MqrAHCuU6VG15gH6E5ynVOHwGkGd-O3kUrpX4jPIcY8q83u6jKbNjx8iQRSkZ4tbghorSUnlNwUjti2jJ2WwS1asMGNGhj8HMvcyRzvpWXvMt-FT/s320/DSC00643.JPG" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O pequeno-almoço (que tornar-se-ia uma constante ao longo de todo o Perú) foi servido com pão, manteiga e marmelada, e umas folhas de coca para misturarmos com água quente, o que resulta num chá delicioso. Este dia foi dedicado apenas a conhecer a cidade de Arequipa, uma cidade com um centro histórico engraçado, mas nada do outro mundo. No entanto, descobrimos que a partir desta cidade havia uma excursão ao Colca Canyon, famoso pela sua profundidade e condors que nele habitam. Reservámos no hostel a tour para o dia seguinte, que seria de dois dias. No mercado tivemos a oportunidade de comprar alguma fruta e outros alimentos a baixo preço, e de seguida comer uma enorme sandes de leitão, preparada à peruano, com o leitão em fatias pequeninas misturado com vegetais e com um molho delicioso. Isto tudo enquanto conversávamos com um senhor peruano, muito simpático e educado, que a meio da conversa me perguntou se eu era de Espanha, ao que lhe respondi que não, mas que levei como um elogio (parece que desde Buenos Aires o meu espanhol evoluiu bastante!). À noite decidimos que no dia seguinte adiaríamos o nosso vôo para Outubro, pois o tempo estava muito apertado para conhecer o Perú e Ecuador (país onde apanharíamos o nosso vôo de regresso) com calma.<br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Começámos o dia com o telefonema para a eDreams, e adiámos o vôo para 7 de Outubro, pois a minha mãe fazia anos dia 8. Passado uns minutos, o guia passou no hostel a buscar-nos. Este foi um dos melhores guias que apanhámos, durante a excursão mostrou-se sempre muito pró-activo e foi-nos dando informações sobre curiosidades bastante interessantes sobre a região de Arequipa, e também do Perú:<br />
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o Perú é um país com apenas 6% de superfície plana, com bastante diversidade e onde o turismo está muito desenvoldido, 8 em cada 10 familias peruanas vivem desta actividade;<br />
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Arequipa, para além de cidade, é também uma grande região do país onde se prolonga a cordilheira dos Andes, possui 110 vulcões e ocorrem 3 sismos por dia. Alguns dos vulcões estão activos e o material das erupções é aproveitado para o fabrico de cimento, cobre, ouro e prata. O deserto de Atacama extende-se desdo Chile até Arequipa. É também nesta região que nasce o rio Amazonas;<br />
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ao contrário do que se pensa, apenas (embora devesse ser menos) 32% da coca no Perú é para droga, é também utilizada para chá, rebuçados, biscoitos;<br />
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nos Andes o fogo faz-se com uma planta que cresce acima dos 4500 metros, chama-se jareta. Aqui o modo de vida das pessoas é bastante diferente, vivem a grandes altitudes e bastante isoladas, o tipo de comércio é troca por troca, entre as famílias que vivem perto umas das outras. Devido ao frio, e às grandes distâncias que têm de percorrer diariamente para chegarem à escola, 400 crianças morreram de pneumonia, num ano. Os professores são bem pagos para ensinar nestas escolas, mas muitos deles não estão dispostos a isso, pois implica mudarem radicalmente a sua vida.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN7RX5u20Wndww4h_-0Q_ZEnokjoovof_QPhQeDaMn69CnCa1bCgv7Et8NlRFH7PWeagxPZ_VecCYGcJRlYbhqCgunTNw8vLSNcsxPNGLx_O-x-K8SMuiP2eFZxW6-LChweHEGGMCYaHLN/s1600/DSC00670.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN7RX5u20Wndww4h_-0Q_ZEnokjoovof_QPhQeDaMn69CnCa1bCgv7Et8NlRFH7PWeagxPZ_VecCYGcJRlYbhqCgunTNw8vLSNcsxPNGLx_O-x-K8SMuiP2eFZxW6-LChweHEGGMCYaHLN/s320/DSC00670.JPG" width="320" /></a><br />
A meio do caminho parámos para observar três espécies de animais que predominam nos Andes, as alpacas, os lamas e as vicunhas. Antes da chegada dos espanhóis os indios chamavam aos lamas outro nome que não nos recordamos, mas quando os espanhóis lhes perguntavam "Como se llama?" eles diziam "Llama?!", e então ficou assim o nome de "llama". Juntamente com as alpacas, o pêlo destas duas espécies é usado para fazer casacos, e também se come a sua carne, esta é aliás a fonte de rendimento de muitas famílias andinas. Por outro lado, a vicunha é uma espécie em vias de extinção, e a pena de cadeia pode ir até aos três anos, a quem mate uma. Seguidamente, parámos num lugar onde o nosso guia nos aconselhou a beber chá de coca, devido à altitude que iríamos enfrentar (acima dos 4000 metros), pois este oxigena o sangue. Depois de chegarmos à pequena vila onde íamos dormir e pousarmos as malas, fomos para umas termas que nos souberam pela vida, depois de todo o frio, deu para aquecer e relaxar! À noite disfrutámos de um bife de alpaca ao som de música andina, e danças tradicionais.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBgfqgHkWihKIqWal3BGe2s60Fm4Aj-rfLoj01gWEKTktUoF51aRxaqnCWnk82CDTKmVIFUb-WJG5LucJ9i8iXK6kch6pzR191XnqEa0zChuaBtzNymzizh86kE7BGZnM1LhYCotqXQCmm/s1600/DSC00692.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBgfqgHkWihKIqWal3BGe2s60Fm4Aj-rfLoj01gWEKTktUoF51aRxaqnCWnk82CDTKmVIFUb-WJG5LucJ9i8iXK6kch6pzR191XnqEa0zChuaBtzNymzizh86kE7BGZnM1LhYCotqXQCmm/s320/DSC00692.JPG" width="320" /></a></div>
Levantámo-nos muito cedo e fomos então visitar o Colca Canyon. A caminho parámos em algumas vilas, onde havia muita artesania à venda, e onde os locais tentavam sacar o máximo de dinheiro aos turistas. Numas das vilas havia um grupo de meninos a dançar com roupas típicas andinas. Engraçado referir que estive algum tempo a observá-los e reparei que apenas dançavam quando passava algum turista... Depois de algum tempo dirigi-me a um deles e perguntei se não andava na escola, ele respondeu "Sim, entro às 8.".<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgblxKFCfQNqDiflivioFwLtYxygEpMOI7vN435vEsmAP7wOkV22hyphenhyphenaAbs_fECQPqujj7UNmOeXzV7iFx90C5otNW5pjXlNU_ioTCTf0AW2AGxocUyDqniukJ7N6Cw_mdh8YoAu8O1DlVvb/s1600/DSC00710.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgblxKFCfQNqDiflivioFwLtYxygEpMOI7vN435vEsmAP7wOkV22hyphenhyphenaAbs_fECQPqujj7UNmOeXzV7iFx90C5otNW5pjXlNU_ioTCTf0AW2AGxocUyDqniukJ7N6Cw_mdh8YoAu8O1DlVvb/s320/DSC00710.JPG" width="320" /></a>Finalmente chegámos ao famoso Colca Canyon, o mais profundo do mundo, com 4160 metros de altitude. É de facto uma paisagem maravilhosa, ampla, de uma beleza incrível! Ali tinham habitado civilizações pré-incas. Neste local, pudémos também observar uma ave de rapina também em vias de extinção, o Condor! É um animal belíssimo que dá gosto de observar, praticamente não dá às asas, apenas plana! Horas de almoço, parámos num restaurante caro demais para o dinheiro que tínhamos levado. Dissémos ao nosso guia que nos encontrávamos mais tarde, pois não podíamos almoçar ali, ao que ele nos responde que pudemos perfeitamente almoçar ali, o restaurante é de buffet, serve-se primeiro um, depois o outro, e pagam um! Mesmo à tuga, óbvio que foi isso que fizémos!<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6wff5edMm9cnRwOgOiPY4WB3vi81-r_Vpap3tMRVM0j6-8TbovADy9goqnFUwm83gIGL9ufk368FCCzvrmQR3paPXwVv-96bi-a4oWVrPbkZPBN4kk66ZtPp9uZcca9rHL0Y-diMMVfFS/s1600/DSC00704.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6wff5edMm9cnRwOgOiPY4WB3vi81-r_Vpap3tMRVM0j6-8TbovADy9goqnFUwm83gIGL9ufk368FCCzvrmQR3paPXwVv-96bi-a4oWVrPbkZPBN4kk66ZtPp9uZcca9rHL0Y-diMMVfFS/s320/DSC00704.JPG" width="320" /></a>Regressados à cidade de Arequipa, deslocámo-nos até ao terminal, onde mais uma vez se ouve pessoas a gritar por todos os lados as vendas dos bilhetes, uma loucura. Comprámos a nossa passagem para Cusco, antiga capital do império Inca, e cidade mais perto do Machu Picchu. Ao entrarmos no autocarro ficámos completamente espantados. Aquilo mais parecia um avião que um autocarro. Havia comissários de bordo que antes da "descolagem" explicaram as regras de segurança e indicaram as portas de emergência, acompanhadas com um vídeo descritivo, que passou nas várias televisões espalhadas ao longo do autocarro. Os assentos eram bastante confortáveis, quase como uma cama, e houve também direito a uma refeição. Verificaríamos que isto seria também uma constante ao longo do Perú, os autocarros são de muito boa qualidade. E ainda bem, porque as viagens são longuíssimas. Para já, espera-nos uma de aproximadamente 12 horas!<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dz0RMhpdh6CtzI2FZzl7jEbVVGt2nEHd_Cg9ar1i-hdQuMzfJdm0Y9ZcWrYjVZWhbXpYz0KOTxHNGUExdwN1w' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
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<br /></div>Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-34675755168299302022012-02-01T20:46:00.000-08:002012-02-01T20:47:56.614-08:00Ilhas Flutuantes<br />
4 e 5 de Setembro de 2011<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgurW_hk54jumgkb00UmxU2eu6_yZoExPcyPJxpLwmd8CHLEN565BBAfQr2byahKtQoUqYeDJVgBO-paMsZgcxS40HvLhdSXevncpktmv4HGgqcF3Mg6AKIrWcqr48yolma8arMWrRM8N6A/s1600/DSC00511.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgurW_hk54jumgkb00UmxU2eu6_yZoExPcyPJxpLwmd8CHLEN565BBAfQr2byahKtQoUqYeDJVgBO-paMsZgcxS40HvLhdSXevncpktmv4HGgqcF3Mg6AKIrWcqr48yolma8arMWrRM8N6A/s320/DSC00511.JPG" width="240" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Depois de carimbar a saída da Bolívia e a entrada do Perú no passaporte, chegámos a Puno já à noite. Logo no terminal reservámos o bilhete para irmos para Arequipa no dia seguinte depois do almoço, e seguimos para o hotel. Estávamos tão cansados que nem fomos jantar, comemos só uma sandes de atum e fomos dormir. O dia seguinte começava cedo!<br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Às oito da manhã estávamos de pequeno almoço tomado na recepção do hotel, e passado meia hora lá nos vieram buscar para que fossemos conhecer as famosas Ilhas Flutuantes, no Lago Titicaca, que além da Bolívia também banha o Perú.<br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Após chegar ao porto fomos num barco até às ilhas, e sentámo-nos em roda no chão para ouvirmos um pouco da história e da formação deste lugar. As ilhas são feitas de blocos de terra, cobertos de uma espécie de palha típica da região, a totora, que flutuam sobre a água, e têm umas cordas que os prendem ao chão para que não vão com a corrente. São cerca de 20 pequenas ilhas, e nelas há escola, hospital e casas, as pessoas deslocam-se entre elas em barcos, também construídos com totora.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxBSQoWqyGptqHuxgBPbsPSto5LiMJgDkJo-LBhDwHjUi0LycJnKQiyFQumiFxpNorrx-jT_bVAc6zbRKFe9SEVOE-tF6qcTM0GTcSeWcanqBXO1vqvGEj12owOIrdZTYZ17Hy7aPn2cW_/s1600/DSC00530.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxBSQoWqyGptqHuxgBPbsPSto5LiMJgDkJo-LBhDwHjUi0LycJnKQiyFQumiFxpNorrx-jT_bVAc6zbRKFe9SEVOE-tF6qcTM0GTcSeWcanqBXO1vqvGEj12owOIrdZTYZ17Hy7aPn2cW_/s200/DSC00530.JPG" width="200" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4mYNUXuiax5R4Jvmzy8r49v02WbS8Pw5hxq6BWzi8exFkm2WjUWuQJmY7sfGW7j3CBI1uIlShy0ZVWUz4JxjfeY3Qw_aEw79DUbx_17-cJUFA0Nu5uZwYPNoOIx_1GXXpFxD-7ACml-dR/s1600/DSC00563.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4mYNUXuiax5R4Jvmzy8r49v02WbS8Pw5hxq6BWzi8exFkm2WjUWuQJmY7sfGW7j3CBI1uIlShy0ZVWUz4JxjfeY3Qw_aEw79DUbx_17-cJUFA0Nu5uZwYPNoOIx_1GXXpFxD-7ACml-dR/s200/DSC00563.JPG" width="200" /></a></div>
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"></span><br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"><br /></span></span><br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"><span class="Apple-tab-span"> </span>Aqui pudemos também conhecer a cultura dos Uros, que habitam a ilha. São muito simpáticos e atenciosos, especialmente no que toca à venda de produtos artesanais aos turistas. Mais tarde viemos a perceber que grande parte do rendimento destas ilhas provem do turismo, e que talvez por isto sejam tão empenhados nestas vendas. Depois de conhecer esta primeira ilha visitámos uma outra, onde havia viveiros com peixes, uma mercearia e uma escola primária. O Vitor jogou futebol com alguns dos seus habitantes e tirámos imensas fotografias.</span><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3vAPpy8AEHoTnuqihIAktwef0tzVLU6Fjwt_pY8-z-E2_5ZwNWCaxcDqbjcb5y_YYg1rJTPH8dTgpp-rm_q7Vm-0Es6eMQRQ8nKRVT3ZZJj824cFfxgx2XpPrWwOJhSb6UAww-965-mMI/s1600/DSC00629.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3vAPpy8AEHoTnuqihIAktwef0tzVLU6Fjwt_pY8-z-E2_5ZwNWCaxcDqbjcb5y_YYg1rJTPH8dTgpp-rm_q7Vm-0Es6eMQRQ8nKRVT3ZZJj824cFfxgx2XpPrWwOJhSb6UAww-965-mMI/s320/DSC00629.JPG" width="320" /></a></div>
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>De regresso a Puno, tivemos ainda tempo de almoçar e de ir a uma barbearia para o Vitor cortar o cabelo. Para chegar ao terminal de autocarro, apanhámos um mototaxi, meio de transporte que nunca tinhamos experimentado. Como o nome indica, é uma espécie de mota com uma cabine atrás que leva duas pessoas, e tem também uma plataforma atrás onde leva a bagagem. Depois foi só esperar pelo autocarro e seguir viagem!<br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Em breve damos notícias de Arequipa,<br />
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Abraços.Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-29497861169498407972012-01-14T13:29:00.000-08:002012-01-14T13:29:05.065-08:00A Ilha do Sol<br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>2 a 4 de Setembro<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAxj37hwP5to5y1z1Xk6auBglMqZ0JgUgjGS7t-_CDv09HRovtIoHjInRifIMd98NAIaYqC-jX5_m8ySUPBW5gqEMz27lvA6IJdUspGJjV2uPCBhg2QLout2bD-Si_0FkVirIPKE2U8Liy/s1600/DSC00361.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAxj37hwP5to5y1z1Xk6auBglMqZ0JgUgjGS7t-_CDv09HRovtIoHjInRifIMd98NAIaYqC-jX5_m8ySUPBW5gqEMz27lvA6IJdUspGJjV2uPCBhg2QLout2bD-Si_0FkVirIPKE2U8Liy/s320/DSC00361.JPG" width="320" /></a></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihtoBW17NN-P6-JuWDJ0pEeJYnd9yBnC1fOMqAhI6QP5ZEALZQo2WfuS2wvTlqBZ3IhtbiVnD9Ld9VDBG1qySUd2zRYBWFyC500B9ZzLdrsCjzTK8188o2RyWVfr4ppZ-myAhvV-7E3WG0/s1600/IMG0549A.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihtoBW17NN-P6-JuWDJ0pEeJYnd9yBnC1fOMqAhI6QP5ZEALZQo2WfuS2wvTlqBZ3IhtbiVnD9Ld9VDBG1qySUd2zRYBWFyC500B9ZzLdrsCjzTK8188o2RyWVfr4ppZ-myAhvV-7E3WG0/s320/IMG0549A.jpg" style="cursor: move;" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Os autocarros para Copacabana partem de La Paz. Contudo, esta van que apanhámos em Sorata deixaría-nos em Huarina, uma cidade que fica a meio caminho e onde também é possível apanhar o autocarro para Copacabana. Escusávamos deste modo, de retornar a La Paz propositadamente. Huarina resumia-se a uma estrada com algumas casas com tijolo a descoberto. Quando lá chegámos já eram quase 19h00, era de noite, e a estrada estava deserta. Depois de andarmos um pouco encontrámos uma mercearia que estava aberta, e perguntámos ao senhor se ainda passavam autocarros para Copacabana. Disse-nos que já tinha passado o último e que o próximo era no dia seguinte, por volta das 7 da manhã. Perguntámos se sabia de algum lugar em que pudessemos ficar a dormir, ele disse que tinha um quarto disponível na casa dele, e que poderíamos passar lá a noite por 20 bolivianos (cerca de 2 euros). Visto o único estabelecimento aberto das redondezas ser aquela mercearia, comprámos-lhe uns bolos e um sumo, para termos algo que jantar! A casa do senhor era também daquelas de tijolo a descoberto, o quarto era o segundo andar, a porta dava directamente para a rua e não fechava, havia uns colchões no chão nos quais estendemos os nossos sacos cama e nos deitámos a ver um filme.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiTwK4i6xqLPwlzNEWfo5Bv3MI9-3bSb0Qfzo3ikMPxDcwYg2PP8aPXdefNQi6rQcg9hwTYg-TLykptfSIQrOeZd0mTenv8NjhXNP4zmFXVnswmiSxjNvhXET1i3lK0VPzfVt-IHoLwZqW/s1600/DSC00372.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiTwK4i6xqLPwlzNEWfo5Bv3MI9-3bSb0Qfzo3ikMPxDcwYg2PP8aPXdefNQi6rQcg9hwTYg-TLykptfSIQrOeZd0mTenv8NjhXNP4zmFXVnswmiSxjNvhXET1i3lK0VPzfVt-IHoLwZqW/s320/DSC00372.JPG" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>No dia seguinte acordámos às 6. A casa-de-banho era ao pé do galinheiro, e a sanita era um buraco no chão. Arrumámos as coisas e metemo-nos na estrada à espera do autocarro, que acabou por chegar passados uns 40 minutos. Aqui tomámos contacto com (mais) uma realidade nova, a venda nos autocarros. Mais tarde perceberíamos que esta é uma constante nos países americo-latinos. Vende-se de tudo, bebidas, comida, vitaminas, medicamentos, acessórios de telemóveis, calendários, maquilhagem, etc. Ao principio pensámos que o motorista recebesse alguma comissão, mas parece que não, é um hábito cultural. A meio do caminho tivémos de sair do autocarro e apanhar um barco para atravessar um bocado do lago Titicaca, enquanto que o autocarro o atravessou em cima de uma plataforma de madeira, movida por um motor.<br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Ao chegarmos a Copacabana, estava um senhor à beira do autocarro que nos perguntou se tínhamos hostel reservado, dissemos que não, perguntámos o preço e fomos com ele. O quarto não era muito bonito, mas a dormida era baratíssima (3 euros por noite o quarto). Esta foi uma política que assumimos desdo início da viagem, procurar sempre tudo mais barato, desde a dormida, restaurante, transporte, supermercado até à lavagem de roupa , o que por vezes é chato e exige tempo e paciência, mas que nos permite poupar dinheiro para as actividades que vamos fazendo.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFX9bCFQBUz8S7gj6IJNJlOyqNcwOC2O0AV0wshBpIQC_XZO6lY5xfGLv_3S60gol8ML2gC_25mvJBoZu_oJCRk0n-cGijPnLQt04VaMDKIj3ud1LtPUzimE_uSjQ6Gm2C_T3wyr_ZhHiS/s1600/DSC00386.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFX9bCFQBUz8S7gj6IJNJlOyqNcwOC2O0AV0wshBpIQC_XZO6lY5xfGLv_3S60gol8ML2gC_25mvJBoZu_oJCRk0n-cGijPnLQt04VaMDKIj3ud1LtPUzimE_uSjQ6Gm2C_T3wyr_ZhHiS/s320/DSC00386.JPG" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Depois de nos alojarmos, decidimos que passaríamos esse dia em Copacabana, e que no dia seguinte iríamos então visitar a ilha do Sol, uma das mais conhecidas no lago Titicaca. Este lago é um dos maiores da América do Sul, não só em tamanho, mas também em beleza. Procurámos em várias agências os preços e condições das tours, e acabámos por encontrar uma que nos cobrou 28 euros pela tour à ilha do Sol, transporte de Copacabana para Puno (já no Perú), uma tour às ilhas flutuantes que lá se encontram, transporte de Puno para Arequipa e ainda uma lavagem de roupa! Fantástico! Ainda por cima este preço pelos dois! Ocupámos o resto do dia a passear. A cidade é pequena, muito turística, com imensas bancas na rua de recordações, uma igreja enorme, e um porto todo catita, cheio de barcos de madeira coloridos. Pelo fim da tarde, lanchámos num café muito bonito, todo feito de madeira. Nele, o Vitor falou com os pais no skype e carregou no facebook mais algumas fotografias da nossa aventura. Acábamos por jantar lá mesmo, e provar uma das melhores refeições da viagem: porco agridoce! Talvez também tenha sido tão boa porque enquanto estavamos a comer, passou a Estrela da Tarde como música de fundo no restaurante. Ficámos completamente abismados. Quando tentámos regressar ao hostel já eram quase onze, e o edifício estava completamente fechado, sem sequer uma campainha onde pudessemos tocar. Depois de muito tempo a bater à porta lá conseguimos que nos deixassem entrar e descansar um pouco.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgayk5BUaHVdXxmAtlRc-dTa1vt5KWizW5PpLsS0z2KsiwDvzSEsmNsyRJ3yA-WeM4tSjWGE9aW-jj2IW-VebJPnsvjh-Cpg_fb_FUDC7eXdEWIlz-cDy96Eq2lohQrcm4jxo2GZzvyMpwD/s1600/DSC00471.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgayk5BUaHVdXxmAtlRc-dTa1vt5KWizW5PpLsS0z2KsiwDvzSEsmNsyRJ3yA-WeM4tSjWGE9aW-jj2IW-VebJPnsvjh-Cpg_fb_FUDC7eXdEWIlz-cDy96Eq2lohQrcm4jxo2GZzvyMpwD/s320/DSC00471.JPG" width="320" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbVFxggJtyK9coQrklFjiRwMqSDw67vjdugShlD-6qBxKJVa1gk1m9FGZQj5GX9gpNq5kzdKOEOktCocOa9BYdMFlF_LQuuWmqYdHw_IV-jUiJjWf9uvPEh2Az_6FEMdLA5B9u5DLeTFUD/s1600/DSC00435.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbVFxggJtyK9coQrklFjiRwMqSDw67vjdugShlD-6qBxKJVa1gk1m9FGZQj5GX9gpNq5kzdKOEOktCocOa9BYdMFlF_LQuuWmqYdHw_IV-jUiJjWf9uvPEh2Az_6FEMdLA5B9u5DLeTFUD/s320/DSC00435.JPG" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O dia seguinte começou cedo, por volta das 7h. Deixámos as nossas malas na agência que nos vendeu a tour e seguimos para o porto, onde tomámos o pequeno-almoço que já tinhamos comprado na véspera: sumo de pêssego e pão com queijo. Depois de mais de duas horas no barco, atracámos na parte norte da ilha do Sol, e fizemos a primeira parte da visita com um guia que nos mostrou um pequeno museu. Levou-nos ainda até a uma pedra sagrada e umas ruínas da civilização pré-inca que tinha habitado a ilha. É curioso apontar que ainda hoje os descendentes dessas civilizações fazem festas sagradas na ilha e sacrifícios de animais. Por volta das 13h, o guia levou algumas pessoas de barco para a parte sul da ilha , e deixou os mais aventureiros a fazer um passeio a pé, que durava três horas e nos levaria igualmente à parte sul da ilha. Demos as nossas últimas moedas ao guia que implorou por uma gorjeta (como iamos para o Perú nessa tarde, não nos convinha que sobrassem bolivianos) e seguimos. Foi um passeio muito bonito, onde novamente pudemos disfrutar do contacto com a natureza e da ausência de poluição. Apesar do Sol forte e da falta de protector, ficámos deslumbrados com o azul da água e as paisagens que nos rodeavam. O Vitor não se cansou de tirar fotografias. No entanto, aguardáva-nos uma pequena surpresa, que pôs à prova os nossos skills portugueses de saber desenrascar. A ilha era povoada por várias comunidades indigenas, que cobravam uma pequena quantia aos caminhantes com o intuito de preservar a ilha. Nós não tinhamos um único centavo, e voltar para trás era completamente inviável, porque o barco já tinha partido. Lá fomos explicando a nossa situação, e implorando que nos deixassem passar. Todos nos foram deixando seguir viagem, com mais ou menos resistência, e sempre advertindo que na próxima comunidade não nos deixariam seguir. A verdade foi que conseguimos atravessar toda a ilha e estar a horas no barco para o regresso! Depois de um lanchinho e uma ida à farmácia para comprar um medicamento para o Vitor que estava com uma gengivite, despedimo-nos da Bolívia e apanhámos o autocarro para o Perú.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-91444157565469642962012-01-14T12:57:00.000-08:002012-01-14T13:52:16.985-08:00Dos 2800 aos 4300<br />
31 de Agosto a 2 de Setembro<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUWX5pMMW5bwU6eIzC3dBeEcbx319MkP13ICM2C_SRWk9e5YE1k3yWJhSXlCrMvZLsNhjdZJBaHsTSla7cg0BqU2ghymkumpR_5nEPYxfRhjkIIqDhE5meNMpj0S4wi2GXvah6znWytOqU/s1600/DSC00220.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUWX5pMMW5bwU6eIzC3dBeEcbx319MkP13ICM2C_SRWk9e5YE1k3yWJhSXlCrMvZLsNhjdZJBaHsTSla7cg0BqU2ghymkumpR_5nEPYxfRhjkIIqDhE5meNMpj0S4wi2GXvah6znWytOqU/s320/DSC00220.JPG" style="cursor: move;" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoUtQAenmoGP3GJuOMET03QpLZRazCudSykASaIDDS2FIL0X8Le0E_CHWhS5Y4QXwXEqmH1-EWOIGdMl_kf5vFzIzrVBvrW6I0ICf2sf5pE8h9UxPSuXvzrY0xuNgenAh8Ml0X0u-k1VG4/s1600/DSC00335.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoUtQAenmoGP3GJuOMET03QpLZRazCudSykASaIDDS2FIL0X8Le0E_CHWhS5Y4QXwXEqmH1-EWOIGdMl_kf5vFzIzrVBvrW6I0ICf2sf5pE8h9UxPSuXvzrY0xuNgenAh8Ml0X0u-k1VG4/s320/DSC00335.JPG" width="320" /></a> Iniciámos a volta a Sorata, onde chegaríamos por volta das 13h00. Tinhamos nos nossos planos deixar a vila nesse dia. Exaustos, ficámos ainda indecisos e ponderámos ficar em Sorata mais um dia para descansar, mas lá ganhámos coragem e às 16h00 metemo-nos na van rumo a Copacabana, cidade banhada pelo famoso Lago Titicaca!<br />
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<br />Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-57195160740205719412012-01-14T12:34:00.000-08:002012-01-14T13:31:06.206-08:00Um lugar diferente<br />
28 a 30 de Agosto<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmantC8YKw3h-1Ohncd3kUMHzAlrn_qPULAnxr5FbEIOEJfNqYx2iHJ7Gpznztv6OiAw0OLi-Pm5GAUHIT0wouKQbVlEet15jziqugnI1BpVw29QscVgaELIqiKLZ1heqF5eagnwPlAQM0/s1600/DSC00123.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmantC8YKw3h-1Ohncd3kUMHzAlrn_qPULAnxr5FbEIOEJfNqYx2iHJ7Gpznztv6OiAw0OLi-Pm5GAUHIT0wouKQbVlEet15jziqugnI1BpVw29QscVgaELIqiKLZ1heqF5eagnwPlAQM0/s320/DSC00123.JPG" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Neste momento da viagem, eu o Vitor já tinhamos percebido que estavamos a gostar cada vez mais de visitar pequenas cidades, lugares naturais, e a evitar as grandes cidades. Por isso, a nossa ida a La Paz foi um pouco acidental, motivada pelo facto de em Arica só se poder viajar para esta cidade na Bolívia. Uma vez que os nossos planos eram seguir para o Perú, optámos por não visitar o sul da Bolívia como tínhamos pensado, nomeadamente o salar de Uyuni e Potosi (onde é possível conhecer a realidade do povo mineiro), pois isso implicaria voltar para trás em relação ao Perú. Fomos para a Bolívia completamente à descoberta, sem qualquer expectativa.<br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Depois de 24h em autocarros e já sem posição para estar, deparamo-nos com a primeira visão desta capital. A cidade fica protegida pelas montanhas que se encontram ao seu redor, a 3400 metros de altitude, repleta de casas de tijolo a descoberto, que se estendem por quilómetros e quilómetros sem fim. Foi interessante explorar esta paisagem, uma vez que primeiro pudemos observar toda a cidade de La Paz do alto das montanhas, e depois fomos descendo gradualmente até ao terminal de autocarros, desbravando esta selva urbana, tão inacreditável e pouco familiar. Chegados ao terminal, deparámo-nos com um ambiente de loucos, inúmeras pessoas, cada uma na sua bilheteira a gritar repeditamente o nome do destino para o qual vendia bilhetes, surreal! Rapidamente percebemos que o acaso que nos levou a La Paz tinha valido a pena, por nos permitir contactar com uma realidade muito diferente da nossa.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIhYJxWOG_VVDB9_kDghibLnNlRwSYxPSlHk22-59yzih4eLQ2HiT6CNAvy06pznB3FkSJ38aRyo1sK-9XmwqqRxAhApHFPckyfBkCRQ2ZrNgJH8OAwAgtbqMWH2KjWUKxsfl0ViLxSSh4/s1600/DSC00019.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIhYJxWOG_VVDB9_kDghibLnNlRwSYxPSlHk22-59yzih4eLQ2HiT6CNAvy06pznB3FkSJ38aRyo1sK-9XmwqqRxAhApHFPckyfBkCRQ2ZrNgJH8OAwAgtbqMWH2KjWUKxsfl0ViLxSSh4/s320/DSC00019.JPG" width="320" /></a><br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Uma vez encontrado o hostel, descobrimos que ir ao supermercado e cozinhar era muito mais caro que ir a um restaurante. Começaram aqui as minhas férias da cozinha, que se prolongariam mais do que poderia imaginar. Tal como as refeições, começámos a descobrir que tudo na Bolívia era muito mais barato que na Argentina, Brasil, Chile e Uruguai, aqui aproveitámos para comprar algumas lembranças!<br />
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<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O dia seguinte foi ocupado a passear pela cidade. La Paz é uma cidade em constante burburinho, repleta de vans a abarrotar de pessoas, mercadores de rua a quem se pode comprar tudo o que se pode imaginar e onde a respiração é dificultada pela altitude e os elevados níveis de poluição. As pessoas têm uma fisionomia muito diferente da nossa, claramente marcada por veia mais indigena (pele mais escura, olhos rasgados, cabelos escuros, homens sem barba, e uma estatura baixa com uma caixa toráxica ampla, adaptada à altitude). Outra coisa que caracteriza muito os Bolivianos são os seus trajes típicos, principalmente nas mulheres, que vestem saias compridas, coloridas e rodadas, e andam sempre com um chapéu preto no topo da cabeça. Ter um carro próprio na Bolívia é um luxo a que poucos se podem dar, por isso as ruas são preenchidas por uma confusão de transportes públicos, onde os assistentes dos motoristas gritam os destinos pela janela e que param em qualquer lado porque não há paragens, o que joga a favor dos passageiros que podem sair onde quiserem, basta dizerem "parada!". Percebemos também que o povo Boliviano era mais fechado que aqueles com que tinhamos contactado até então, e que as casas inacabadas com tijolo a descoberto, que dominam a cidade, pagam muito menos impostos que uma casa pintada. Sentimos que conhecer La Paz acabou por marcar um pouco a saída do mundo europeu a que tanto estávamos habituados, e do qual havia vestígios em todos os lugares que tinhamos visitado até então.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ9_ch7xsBh253nHCFnKmpcQW4O1roM3IznNe6meKuPTfJGP0ss5JUT6qUdf48f0qp9D4SkcE1gtkf-sRKhjbN98p_H4RHYw30Zze77m9_O3QBZTFpAokC-jDW1nGn6FjV3Dd8M2uZyjg4/s1600/DSC00087.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ9_ch7xsBh253nHCFnKmpcQW4O1roM3IznNe6meKuPTfJGP0ss5JUT6qUdf48f0qp9D4SkcE1gtkf-sRKhjbN98p_H4RHYw30Zze77m9_O3QBZTFpAokC-jDW1nGn6FjV3Dd8M2uZyjg4/s320/DSC00087.JPG" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O último dia em La Paz foi dedicado às ruínas de Tiwanaku, uma civilização pré-inca que ainda estão a ser escavadas e que em muito contribuiu para o alto nível de conhecimento inca. Sabe-se desta civilização que foram época homens e mulheres altos, pelo tamanho dos degraus das suas escadas. Tiveram contacto com populações de outros continentes (mesmo antes da colonização espanhola), facto testemunhado por várias esculturas e retratos da época que retratavam pessoas de diferentes fisionomias. Dominaram ciências como a astronomia, a física (sobretudo na área de propagação do som) e minerologia, e construiram complexos sistemas de escoamento de água. Aliaram significados espirituais às suas construções, principalmente às suas estátuas sagradas e templos, repletos de simbolos e gravuras. Foi com alguma tristeza que constatámos que, se estas ruínas se encontrassem na Europa ou nos EUA, já estariam completamente escavadas, estudadas e transformadas numa enorme atracção turística. Durante esta excursão, descobrímos que a Bolívia, apesar de ter o triplo da área de Portugal, tem apenas 10 milhões de habitantes, que a par do espanhol também se fala Aimará, uma língua de origem indigena, e que a maior parte das pessoas vivem da agricultura ou do trabalho mineiro.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhssU6pGhVp7B_WmTd-TBTiyljyAflFkOVfyFDcOQXuft6jMuRb2fS9qjMjE1xRE5p2mnLVjevpCLIAijLjwFlGlEKR-CjMpZ3cmUKMNmLDK_6rliwmtkdNYPHosy0Px_DsLt_RLf1EeJGa/s1600/DSC00121.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhssU6pGhVp7B_WmTd-TBTiyljyAflFkOVfyFDcOQXuft6jMuRb2fS9qjMjE1xRE5p2mnLVjevpCLIAijLjwFlGlEKR-CjMpZ3cmUKMNmLDK_6rliwmtkdNYPHosy0Px_DsLt_RLf1EeJGa/s320/DSC00121.JPG" style="cursor: move;" width="240" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>No último dia apanhámos uma van que nos levaria a Sorata, uma pequena aldeia conhecida pelas caminhadas que lá é possível fazer. Mal estávamos preparados para a aventura que nos esperava, e que segue no próximo post.<br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Beijinhos!Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-45759310698141155612012-01-11T22:54:00.000-08:002012-01-14T21:31:25.182-08:00As rosas de Atacama<br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>25 a 28 de Agosto<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM1b50mnN0R2eNRLrWHTQ_F6wlVjS3UbR8yxrg7Afw3kSVpxKxPB-ghuWRDG5igVzX6g9z43m4rjDOmdx6spAewrADRAcuvic8iVEC2L4OK9X42ZgB6lXDCpD_tPYN-jva4khJKgtJFK-s/s1600/PICT2303.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM1b50mnN0R2eNRLrWHTQ_F6wlVjS3UbR8yxrg7Afw3kSVpxKxPB-ghuWRDG5igVzX6g9z43m4rjDOmdx6spAewrADRAcuvic8iVEC2L4OK9X42ZgB6lXDCpD_tPYN-jva4khJKgtJFK-s/s320/PICT2303.JPG" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Quando de manhã acordámos no autocarro, o ecrã da temperatura marcava 6 graus abaixo de zero, os ouvidos estavam entupidos e tinhamos à nossa volta uma paisagem inesquecível, montanhas, lagos e neve: os Andes.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVHPoWaUJ3Ab1x9ddoeKJxDxwLZRjmM-7qVnZjLzPJhZlAUCRJDgQYSRRqqCsCwLIlUJNo0KC1GDULtlS2XCN29xLTxiCzL7Ncdh-FV-WgspJ9JERsleot8IUNWGK2K6KyzjecNc1JZy4u/s1600/PICT2386.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVHPoWaUJ3Ab1x9ddoeKJxDxwLZRjmM-7qVnZjLzPJhZlAUCRJDgQYSRRqqCsCwLIlUJNo0KC1GDULtlS2XCN29xLTxiCzL7Ncdh-FV-WgspJ9JERsleot8IUNWGK2K6KyzjecNc1JZy4u/s320/PICT2386.JPG" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Se houve coisa que aprendemos durante esta viagem, foi que passar fronteiras por via terrestre tem a sua ciência, ainda mais aqui que não há União Europeia. Desta vez o problema foi a manga e a cebola que trazíamos na mala. Acabámos por ter que deixá-las no controlo de bagagem, uma vez que o Chile não permite a entrada de frutos e vegetais para proteger a agricultura do país.<br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Chegámos a São Pedro de Atacama 14h depois de termos entrado no autocarro, e mal estávamos preparados para os três dias fabulosos que iríamos viver nesta pequena vila no norte do Chile, que se sustenta essencialmente através do turismo e da extracção de lítio do deserto.<br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Nessa mesma tarde pusemos de lado o cansaço da viagem e fomos visitar o deserto de Atacama, que é todo feito de sal, e os vales da lua e da morte. A elevada concentração de arsénio no sal impede que este seja utilizado enquanto recurso, uma vez que o processo de purificação é bastante caro. Neste deserto, encontrámos paisagens deslumbrantes, tiram até a respiração. Já no fim da visita pudemos desfrutar de um por do sol lindíssimo ao sabor de uma bebida típica dos Andes, o pisco sagué. Para terminar, descemos a pé uma duna com 400 metros. Durante esta descida, a nossa máquina fotográfica teve direito a um banho de areia que se revelaria fatal...<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_iRlCqERXVyiI4jPO_iLf1JbgErEkpx46Fdy1UBD5L4lTEUESc_mSsGRjbg3eEN6DQcgh_EWKjAzEX7QSQit_KefGWiwEjmPeICfjnCIOFBy_lZzj1cdWuuf93OSbBiLKSwKdANUI6EM9/s1600/PICT2439.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_iRlCqERXVyiI4jPO_iLf1JbgErEkpx46Fdy1UBD5L4lTEUESc_mSsGRjbg3eEN6DQcgh_EWKjAzEX7QSQit_KefGWiwEjmPeICfjnCIOFBy_lZzj1cdWuuf93OSbBiLKSwKdANUI6EM9/s320/PICT2439.JPG" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Já desde o Brasil que a frase "vai custar muito quando regressarmos Portugal, voltar para a rotina, aulas, mestrado..." tinha sido evocada algumas vezes, por ambos. Conhecer pessoas que estavam a viajar há um ano ou mais, tinha-se tornado rotina. As experiências que íamos trocando com viajantes foram-nos criando um bichinho, era uma vida de descoberta, de não rotina, de sentir que todos os dias valiam a pena, demasiado aliciante, tentadora! A Carolina já tinha pensado na possibilidade de não voltarmos a Portugal, mas achou que seria demasiado extremo, pelo que, nesse dia propôs que adiássemos a data do nosso vôo: em vez de voltarmos dia 20 de Setembro, voltaríamos algures do meio de Outubro. A ideia soou-me bem, mas ficou meio no ar.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfPh-JjyPTgWbaG26kLVdR6s_0muOmyN1OWbhwX1L_g_w6gIiSx8flhIITzt3GAYOv1lpkDuOqn-z22NaTZBaAtPGdP5WmgX3b2ufzRXVF_caeQzUV-qriaVptl_Y1GYHeUTU6O2pAZDJG/s1600/PICT2447.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfPh-JjyPTgWbaG26kLVdR6s_0muOmyN1OWbhwX1L_g_w6gIiSx8flhIITzt3GAYOv1lpkDuOqn-z22NaTZBaAtPGdP5WmgX3b2ufzRXVF_caeQzUV-qriaVptl_Y1GYHeUTU6O2pAZDJG/s320/PICT2447.JPG" width="240" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O dia seguinte começou muito cedo, por volta das 3h30 da manhã, quando acordámos para ir visitar os geysers e fumarolas no interior de um vulcão extinto, enquanto assistiamos ao nascer do sol. Estavam menos 18º e toda a roupa que levámos pareceu pouca, no entanto foi uma experiência fantástica. Estas formações geológicas permitiram também que aí se criassem umas termas naturais, e a tremer de frio lá tirámos a roupa e entrámos na água quentinha. Sair é que foi pior!<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmjm6ot8dhRSeNAt6B6fOCXdJYsnJoTc_UL5Ml2-AE8dK-K2FfP29Y_1CelYi9EXkXD00HwP7aC2micSuDB36kM-ad1hyphenhyphenc8znxQeY2TvmCpAD1byWHaHYkPlFJphROSKmPzA14wB1eNwlp/s1600/PICT2476.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmjm6ot8dhRSeNAt6B6fOCXdJYsnJoTc_UL5Ml2-AE8dK-K2FfP29Y_1CelYi9EXkXD00HwP7aC2micSuDB36kM-ad1hyphenhyphenc8znxQeY2TvmCpAD1byWHaHYkPlFJphROSKmPzA14wB1eNwlp/s320/PICT2476.JPG" style="cursor: move;" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Depois do almoço, visitámos a laguna Cejar, que à semelhança do Mar Morto, tem uma concentração de sal elevadíssima que nos permite flutuar naturalmente. Depois de sairmos tivémos até de tomar um banho de água doce, porque tinhamos imenso sal agarrado à pele. Mais uma vez, assistimos a um por-do-sol que jamais vamos esquecer, uma vez que à medida que o sol se foi pondo toda a cordilheira dos andes foi mudando de cor, desde um vermelho-alaranjado até um castanho-escuro.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkoJ1Zto9rWoUrHYrg0viTCHIYb1zd9VqDRhTxAcj4bW3Bwwn4sfqVRjNKPn1mdfKloKkVTh8WEHGvGikt095ADtZZcMV3S9oWu5cVn3tkmm65a4RW6Vjp4Wmq780aikfjKbBQuSSdMBM5/s1600/IMG0498A.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkoJ1Zto9rWoUrHYrg0viTCHIYb1zd9VqDRhTxAcj4bW3Bwwn4sfqVRjNKPn1mdfKloKkVTh8WEHGvGikt095ADtZZcMV3S9oWu5cVn3tkmm65a4RW6Vjp4Wmq780aikfjKbBQuSSdMBM5/s320/IMG0498A.jpg" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Chegámos a casa muito cansados, cozinhar e tomar banho pareceram autênticas odisseias. Adormecemos assim que caímos na cama, por volta das 19h, e acordámos para mais um dia em cheio. Este começou com uma visita a uma reserva natural onde podiam ser observadas três espécies de flamingos. Foi a um destes bichinhos que a nossa máquina tirou a sua última fotografia. O dia seguiu com uma caminhada pela laguna Miscanti, a mais de 4000 metros de altura. Estava rodeada de neve, e a própria água estava em gelo, o que adicionou uma magia especial à paisagem. Pela tarde, visitámos uma aldeia andina, na qual almoçámos, e descobrímos que ali mesmo no deserto, está a ser desenvolvido um recente projecto científico, chamado "ALMA". Resulta da colaboração dos EUA, Ásia, Europa e Chile, e tem como objectivo construir o mais moderno observatório espacial do mundo.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTkRmN2RD0WOD_71UZil5y_3Pjzn2Qxync6v5EqPREXj-vuyEFle5oH5JbHl1oED-N11pOjKCdEPYRGYvbIeF4OxmkNZTWP6ULZzPAFxpvw4IiA-W6z5fbMigEnPtxCpCMBm3RH2atguu7/s1600/IMG0515A.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTkRmN2RD0WOD_71UZil5y_3Pjzn2Qxync6v5EqPREXj-vuyEFle5oH5JbHl1oED-N11pOjKCdEPYRGYvbIeF4OxmkNZTWP6ULZzPAFxpvw4IiA-W6z5fbMigEnPtxCpCMBm3RH2atguu7/s320/IMG0515A.jpg" width="320" /></a> Chegámos ao hostel por volta das 18h, e tratámos de arrumar toda a bagagem, fazer o jantar e seguir para o terminal de autocarros. Viajámos para Antofagasta, com a intenção de seguir para o Sul da Bolívia. Mas os nossos planos saíram trocados, em Antofagasta só era possível viajar para o sul da Bolívia no dia seguinte, e para evitar passar uma noite ali, optámos por apanhar um autocarro para Arica (mais a noite do Chile) que partia dentro de 10 minutos, donde também havia autocarros para a Bolívia, e desta forma, passar a noite no autocarro. Este foi certamente um dos despertares mais inesquecíveis da viajem. Abro os olhos, vejo uma série de pessoas à minha volta, algumas acordadas, outras ainda a dormir. Depois de demorar alguns segundos até me lembrar onde estava, olho através do vidro e vejo um sol forte, ainda a metade, debaixo dele estão umas formações brancas parecidas com algodão, sem interrupções, que servem de ponte entre as altas montanhas. Não parecia real, estávamos mesmo dentro de um autocarro que viajava ao nível das nuvens! Obviamente quis partilhar este momento com a Carolina e acordei-a para que saboreasse também esta maravilhosa paisagem. Ela respondeu com um "Ah, que bonito!".<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwWiBzkdhv6mrBIEVsrMt8PlYgXIxL-5N81DhXJ6ICluMOBLTH3qcDcB3jc3ZT_DlIhx52n7ZpCJNGufJhtdA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-57230889486637562132012-01-11T22:29:00.000-08:002012-01-11T22:34:59.918-08:00Norte da Argentina<br />
23 e 24 de Agosto<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj80PXw0IafuJKnDJED6LJgRioSX0ZCKjXCcRk3uW6y93iEH3pvEn3IEn6bC2zqVaA4ctK243K8gP3Xcq2bMR4MUpMou85moSj57AstJRVcr-0pd41Bb1Px569VspCo5DMk9dZsFFZfMV4I/s1600/PICT2206.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj80PXw0IafuJKnDJED6LJgRioSX0ZCKjXCcRk3uW6y93iEH3pvEn3IEn6bC2zqVaA4ctK243K8gP3Xcq2bMR4MUpMou85moSj57AstJRVcr-0pd41Bb1Px569VspCo5DMk9dZsFFZfMV4I/s320/PICT2206.JPG" width="320" /></a></div>
Esta foi a primeira grande alteração no nosso roteiro, depois de Iguaçu estava previsto seguirmos para o Paraguai, e daí para a Bolívia. No entanto, até aqui todas as pessoas nos disseram que o Paraguai não valia a pena, e por outro lado, que o norte da Argentina era muito bonito, assim como o do Chile, pelo que decidimos alterar os nossos planos.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjcdgpjtguvm3tLtrWw6Zxc3Uw5L0qLb5XGtWCJmCarhZgbm_yxqcJ3ryUgEboTTG15p-kG-abgtxAlKWwf5UHftIWgfogLDluNAYvZYxcqs-ABkj5k43EgGLqcqKS9oFHmMwrvHsCdtG9/s1600/PICT2216.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjcdgpjtguvm3tLtrWw6Zxc3Uw5L0qLb5XGtWCJmCarhZgbm_yxqcJ3ryUgEboTTG15p-kG-abgtxAlKWwf5UHftIWgfogLDluNAYvZYxcqs-ABkj5k43EgGLqcqKS9oFHmMwrvHsCdtG9/s320/PICT2216.JPG" width="320" /></a>Aterrámos em Salta pela manhã. Mais uma vez se verificou a simpatia do povo argentino, quando ao apanharmos o autocarro para a cidade, o condutor não nos cobrou nada devido ao facto de apenas se poder pagar com moedas, e nós só termos notas. Além disso, fez questão de nos deixar no local mais favorável para chegarmos até ao hostel. Aproveitámos a tarde para explorar a cidade de Salta. Visitámos os jardins, o mercado (onde comprámos os nossos casacos típicos) e andámos no teleférico. Comprámos ainda uma tour para o dia seguinte, na qual visitaríamos três pequenas provincias argentinas.<br />
Acordámos por volta das 6 da manhã, pegámos nas malas e entrámos na van que nos levou a visitar lugares históricos muito importantes na conquista da independência da Argentina, com uma cultura muito própria, e de uma beleza natural esplêndida! As fotos falam por si.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1gYXofo23QnLensR0WPAeEEnu1hDa0T1LTw6aPbxqZf4sgn34R9XGG9jadM7AWTM8khzrBRTE-DwK6M2BVrbwMvqsSf8HxRGNG_4tzKZpjyERQIOAF8hkEmAaqF-vRzv3zZsvJSYw-LG2/s1600/PICT2240.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1gYXofo23QnLensR0WPAeEEnu1hDa0T1LTw6aPbxqZf4sgn34R9XGG9jadM7AWTM8khzrBRTE-DwK6M2BVrbwMvqsSf8HxRGNG_4tzKZpjyERQIOAF8hkEmAaqF-vRzv3zZsvJSYw-LG2/s320/PICT2240.JPG" width="320" /></a></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj14jmUtCdS15HIEeqKT9di3d8F3TMBBwzahSfq0Fih3rUdpXD_uWc3XICRk9-Rg91FzlTTSs8MajK5-ucI6uKZLebN-eP6CV1nUwBo-w_nDbW_YbiblZBDasM1m1OLLloVE_pGQPyo_zFv/s1600/PICT2230.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj14jmUtCdS15HIEeqKT9di3d8F3TMBBwzahSfq0Fih3rUdpXD_uWc3XICRk9-Rg91FzlTTSs8MajK5-ucI6uKZLebN-eP6CV1nUwBo-w_nDbW_YbiblZBDasM1m1OLLloVE_pGQPyo_zFv/s320/PICT2230.JPG" width="320" /></a>A parada seguinte era San Pedro de Atacama, no Chile, e assim sendo optámos por ficar em San Salvador de Jujuy em vez de regressar a Salta, por a passagem ser mais barata a partir daqui. Contudo, o autocarro apenas chegava às 2h30 da manhã, e fazia um frio de rachar. Felizmente encontrámos um café que ficava aberto toda a noite, e aí ficámos a falar, comer, escrever, ler, passar o tempo. Chegado o autocarro, aprendemos o significado da palavra "propina", em português, gorjeta, quando um rapaz depois de arrumar as nossas malas se virou para nós e começou a dizer "propina,propina"...banco para trás, saco-cama, daqui a pouco estamos a acordar nos Andes.Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-86564698366863215482012-01-11T22:16:00.000-08:002012-01-11T22:16:40.252-08:00Curiosidades sobre o Brasil<div>
- o voto não é um direito, é um dever. Quando a pessoa não pode ir votar deve apresentar uma justificação, senão é multada;</div>
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- à semelhança da Argentina, o ensino superior público é gratuito;</div>
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- o desporto está por toda a parte, a qualquer hora do dia se vêem pessoas a correr;</div>
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- a ideia de que os preços no Brasil são mais baixos, é um mito! Pelo menos nas cidades onde estivemos, só a caipirinhas é que são mais baratas;</div>
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- à semelhança dos EUA, é um país de processos, há processos por tudo e por nada;</div>
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- as farmácias parecem mercearias, com anúncios de descontos e diferentes preços entre elas;</div>
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- o futebol não dá à mesma hora que a novela, para não haver discussão em casa. Isto é verdade, pois é a Globo que detém o monopólio quase todo de novelas e transmissões de jogos de futebol;</div>
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- apesar de algumas coisas no Rio de Janeiro serem mais caras que em Portugal, o salário mínimo é apenas de 250 eur;</div>
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- os casinos são proibidos no Brasil;</div>
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- a malta da nossa geração não houve bossa-nova no Brasil, isso é música de velho! O que está a dar aqui é o samba-rock;</div>
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- quanto ao álcool, a tolerância é zero, é proibido conduzir com álcool no sangue;</div>
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- o governo pouparia muito dinheiro se deixasse de desenhar passadeiras nas estradas, ninguém as respeita.</div>
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<br /></div>Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-38218650815920519022011-12-03T21:25:00.001-08:002012-01-15T18:53:26.851-08:00Cataratas do Iguaçu21 e 22 de Agosto<br />
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Só não levei o Vitor ao colo desde o aeroporto até ao hostel porque não conseguia, estava mesmo doentinho. Depois de nos instalarmos, deixei o Vitor a dormir e fui comprar tudo para fazer uma canja. Nunca tinha feito nenhuma, mas mãos à obra, que quando é preciso, é preciso! Umas horinhas depois, lá consegui que o Vitor comesse alguma coisa sem vomitar, os medicamentos já deviam estar a fazer efeito!<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBgXu-T3iM0NW-Bnl6dJd_QXa23fuZqS4lZv4WvNqogD1NhSc90D6W-fVNRltlrNJZgRoIaim2f2S9DIBSHvsGK4xSiotb_yPYa5KyrqV370L1jL6BH-PKrhUQEqHHH7HTACmvmQKGkj-g/s1600/PICT2079.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBgXu-T3iM0NW-Bnl6dJd_QXa23fuZqS4lZv4WvNqogD1NhSc90D6W-fVNRltlrNJZgRoIaim2f2S9DIBSHvsGK4xSiotb_yPYa5KyrqV370L1jL6BH-PKrhUQEqHHH7HTACmvmQKGkj-g/s320/PICT2079.JPG" width="320" /></a></div>
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>No dia seguinte, ele acordou um bocadinho melhor, e combinámos que se não vomitasse a canja do almoço, à tarde iamos visitar as cascatas! É preciso explicar que estas cascatas têm dupla nacionalidade, uma vez que uma parte delas se encontra no Brasil e outra na Argentina. O lado que visitámos nesse dia foi o brasileiro, o outro previmos visitar no dia seguinte. Foi maravilhoso, é impossível explicar aqui a dimensão e a beleza das cascatas. O parque está muito bem preservado, com percursos desenhados para poder observar toda aquela água a cair. Até ficámos molhados! É incrível como nos sentimos tão pequenos ao lado de tamanha maravilha. Depois de uma tarde rodeados de natureza, voltámos ao hostel, onde uma surpresa nada agradável nos esperava.<br />
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<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Fomos dormir cedo, e na madrugada do dia seguinte lá voámos mais um bocadinho para seguir as nossas aventuras.<br />
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyQXM0tsaj4HixQ1On7-iyfvt8BKuuNc_0g2pLWOeWFFjcwwzXcjiQYK6Pct_zBtrzFDf00YyaHgwFyLqCnNQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Beijinhos beijinhos, e até à próxima!Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-37761758628865977552011-12-03T21:04:00.001-08:002011-12-03T21:24:30.505-08:00"Da janela vê-se o Corcovado"<br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>16 a 21 de Agosto<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTYeXE1LxzLZ15UMPYnjPQLq_UdkZmoKXtjOx-bkU_C5G1_bfuXK-mY5mj6iPjhqoOWyq8U-382krOYp0U56iQPjSPM-6cCIRhSvNmdD2vMb9WxHjKgluSRC6_YYWHXL1r0OriGM6sq6op/s1600/PICT1881.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTYeXE1LxzLZ15UMPYnjPQLq_UdkZmoKXtjOx-bkU_C5G1_bfuXK-mY5mj6iPjhqoOWyq8U-382krOYp0U56iQPjSPM-6cCIRhSvNmdD2vMb9WxHjKgluSRC6_YYWHXL1r0OriGM6sq6op/s320/PICT1881.JPG" width="320" /></a></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitYYzWsHIV6pfsH1Nfx5xBpZmqgDB5OQmt0YL64cZzZ2W3W8RXciujykgAsoNWU2XoDsP3wxLAnwjAzYXydON4WwfKDMZ_v5JF-nE9vpE2vwUb79VuOSCmsZey2XCfH4QoLi0s74yIpj6Y/s1600/PICT18911+%25283%2529.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitYYzWsHIV6pfsH1Nfx5xBpZmqgDB5OQmt0YL64cZzZ2W3W8RXciujykgAsoNWU2XoDsP3wxLAnwjAzYXydON4WwfKDMZ_v5JF-nE9vpE2vwUb79VuOSCmsZey2XCfH4QoLi0s74yIpj6Y/s320/PICT18911+%25283%2529.JPG" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Depois de já alguns quilómetros na bagagem, eis que chegamos à última parada na nossa subida pela costa brasileira, e também a um dos destinos mais aguardados, Rio de Janeiro! A opinião das pessoas que conhecemos até então, era praticamente unânime no que tocava ao Rio, "é uma cidade linda que vão adorar, mas fiquem espertos!". É, parece que na opinião dos brasileiros o Rio é tão bonito quanto perigoso, portanto, estávamos tão curiosos como cautelosos. O hostel onde ficámos era barato, sujo, desorganizado, mas com um ambiente amigável e situado numa zona privilegiada da cidade, à direita a praia de Copacabana e à esquerda a de Ipanema, ambas a 3 minutos a pé. Foram 5 dias bastante activos, as manhãs passadas na praia, as tardes a explorar a cidade, e as noites dedicadas ao samba e às caipirinhas. Na primeira noite andámos 30 minutos pela praia de Copacabana até encontrarmos um bar aberto. Todas as pessoas estavam bem vestidas e arranjadas, dava ares até de ser uma festa elitista, onde nos sentimos um pouco intrusos pelas roupas demasiado descontraídas que tínhamos vestidas. Alguns segundos depois percebi que estávamos num bar de prostitutas, mas a Carolina pensava apenas que fazia parte da cultura local as mulheres arranjarem-se tanto. Claro que depois de 40 minutos de conversa com uma das meninas, a falar sobre tudo e mais alguma coisa, as dúvidas da Carolina dissiparam-se todas. Bela noite de boas vindas!<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZmBpMhFKb2b_hh-svnWHJBpVZzqSru3Mxy5ckoy1dEGTIN8TQ0nXkEB92vTQD9MwenCiyRkTV1f5AM31YNeVJJyjHWuMrzhY41z3yd-A482lPEd0LR34WvkEZoN-XMShlyhBpkoW2B_jQ/s1600/PICT18911+%25281%2529.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZmBpMhFKb2b_hh-svnWHJBpVZzqSru3Mxy5ckoy1dEGTIN8TQ0nXkEB92vTQD9MwenCiyRkTV1f5AM31YNeVJJyjHWuMrzhY41z3yd-A482lPEd0LR34WvkEZoN-XMShlyhBpkoW2B_jQ/s320/PICT18911+%25281%2529.JPG" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Não perdemos tempo, no dia seguinte fomos ao Cristo Redentor. Um mau planeamento de tempo fez com que chegássemos ao topo do Corcovado já ao anoitecer, e não pudémos disfrutar da vista diurna. Contudo, não deixava de ser lindo demais. Dá a sensação de estarmos no topo do mundo, ficámos a contemplar a vista até à hora de fechar, maravilhoso! De noite fomos a uma discoteca aconselhada pelo staff do hostel. Durante o tempo de espera na fila os empregados iam trazendo bandejas cheias de caipirinhas, provavelmente seria uma boa prática a adoptar pelo staff do Jamaica!Um facto curioso, para entrar tivemos de fornecer os nossos dados, que foram introduzidos num computador. Lá dentro tocava um grupo de samba, estava ao rubro!<br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Depois de algumas horas na cama, acordámos para disfrutar ainda da praia antes de nos dirigirmos para o centro histórico. Subimos no bondinho de Santa Teresa e depois caminhámos até à Lapa. Durante o caminho conhecemos um casal de brasileiros que nos levaram a provar uma receita especial de milho e com quem passeámos até à noite. Até nos convidaram para ir a uma discoteca perto de sua casa, mas devido à distância decidimos ficar noutra próximo do nosso hostel.<br />
As Favelas<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span><br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>No nosso quarto dia comprámos uma tour para visitar a favela Rocinha, a maior da América Latina. Nesta manhã, o guia falou-nos sobre a história das favelas, como é que surgiram, assim como as suas regras e modo de vida. Apesar de nos ter ajudado a perceber a realidade que lá se vive, sentimos que não tinhamos estado no coração da favela, e que havia muito que tinha ficado por ver e saber.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmrQywQ_RFFE-YGGjMCJq8Q121kpxMGFxT78cMd06ByV7TUWzSUn3lxX1x1mfllQ7o3G83_BeGoZneNkLck8EgVivFzF28SPWkHYuqbFUr0HwlNG-ndmFSoOB5VUAe6jMW0f7rL97nK3SK/s1600/PICT1970.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmrQywQ_RFFE-YGGjMCJq8Q121kpxMGFxT78cMd06ByV7TUWzSUn3lxX1x1mfllQ7o3G83_BeGoZneNkLck8EgVivFzF28SPWkHYuqbFUr0HwlNG-ndmFSoOB5VUAe6jMW0f7rL97nK3SK/s320/PICT1970.JPG" width="240" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span> Da parte da tarde subimos até ao morro dos Dois Irmãos, onde havia uma passagem para a favela Chácara do Céu, que o polícia que encontrámos uns metros atrás nos aconselhou a não atravessar. Contudo a curiosidade foi maior, e com muito cuidado e respeito, lá fomos perguntando aos moradores se era seguro andar por lá, ao que todos responderam que sim, fazendo-nos sentir bem-vindos ao seu "bairro". Todos falavam muito orgulhosamente do campo de futebol que tinha sido construído há pouco tempo. Durante a tour da manhã o guia clarificou-nos que para tirar fotos nas favelas convem conhecê-las bem, para sabermos onde podemos, e não podemos tirar. Visto que ali todos os moradores nos tinham dito que não havia problema em fotografar, quando saímos da Chácara do Céu, tirei uma foto ampla à favela vista de baixo. Longe de mim imaginar que a foto apanharia 4 rapazinhos armados. Assim que o flash acabou de disparar ouço-os a orderarem-me severamente que não saísse dali. Congelámos os dois, enquanto um deles desceu rapidamente as escadas e me tirou a máquina da mão. À medida que ia subindo as escadas disse que a máquina era minha, e que só ia apagar a foto. Passados uns dois minutos eles ainda não tinham conseguido apagar a foto e chamaram-me para ir lá acima apagar. Novamente veio a sensação de "vida a andar para trás". Enquanto a Carolina ficou cá em baixo, houve um senhor que lhe disse que os rapazes não me iam fazer nada, que apenas queriam apagar a foto. No entanto, quando lá chego acima vejo um deles a carregar a arma, enquanto outro me passa a máquina para a mão. Disseram-me que podia ficar calmo, que não se ia passar nada. Depois de apagar a foto à frente deles e de lhes mostrar que não tinha tirado mais nenhuma, deixaram-me descer. É, tirar foto em favela a pessoas armadas é por a pata na poça, eles pensam que se tratam de jornalistas.<br />
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Depois de nos recompormos, descemos até uma praia bem bonita que ali havia, e aí ficámos durante uma hora deitados na areia. Mais calmos, e reconhecendo que o erro que originou o incidente anterior foi nosso, decidimos dirigir-nos à favela Vidigal, situada ali perto. Aqui sim, pudemos apreciar com mais calma o ambiente que se vive numa favela, embora não generalizando, pois nem todas são tão calmas quanto esta. Desde o ponto mais baixo até ao mais alto existe uma estrada principal, onde o meio de transporte mais frequente são umas motos que custam muito pouco, e que os residentes apanham diariamente para se deslocarem na favela. Os motoqueiros perguntaram se queríamos subir de mota, mas como sempre, optámos por subir caminhando. À medida que íamos subindo notávamos que as pessoas nos olhavam com um ar diferente, não de desdém, mas talvez surpreendidas por verem duas pessoas de fora a passearem por ali. Mais uma vez fomos perguntando aos moradores se não havia problemas em andar ali, e se era seguro continuar a subir, ao que todos nos responderam muito simpaticamente que sim. Tenho de admitir, as favelas não são bem aquilo que pensávamos, e que provavelmente mais pessoas pensam. Nas favelas também há supermercados grandes (e felizmente bem mais baratos do que os da zona onde estávamos, aproveitámos para comprar alguma comida), há lojas de internet, cafés, bares, e ao contrário do que se pensa, a maior parte das pessoas não está ligada ao negócio da droga. Quando finalmente chegámos ao topo, já ao anoitecer, estávamos parados a admirar a paisagem que os residentes do topo dispõem, à esquerda o morro dos Dois Irmãos e em frente a praia de Ipanema, quando um senhor perguntou se queríamos subir para o segundo andar da casa dele, onde a vista era bem mais ampla.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4PMxonSD3qhFRAHwepAZw-RSfyHBCrKQg29niS013i2HdayDbRjOWHc4ndAtH7NtWb4l-VucFMSK0bdKIFA6U5gl8Ti528p-FT8K4wqBYRRLFB5pl2HVeCXxSt6upz-5HLCBf_6R5vZ44/s1600/IMG0444A.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4PMxonSD3qhFRAHwepAZw-RSfyHBCrKQg29niS013i2HdayDbRjOWHc4ndAtH7NtWb4l-VucFMSK0bdKIFA6U5gl8Ti528p-FT8K4wqBYRRLFB5pl2HVeCXxSt6upz-5HLCBf_6R5vZ44/s320/IMG0444A.jpg" width="320" /></a>Subimos a escada de madeira que ele nos estendeu e cumprimentámo-lo. Estava de calções e espátula na mão, a trabalhar com cimento. Ele próprio tinha construído o andar de baixo e estava agora a ampliar a casa, fazendo um segundo andar. Devia ser o morador com a vista mais previligiada da favela, via-se realmente tudo, até os moços que estavam ligeiramente mais abaixo com metralhadoras, cuja função é vigiarem se vem alguma rusga da polícia. Depois de alguns minutos à conversa com o senhor Marcos, ficámos a saber que ele trabalhava num ginásio em Ipanema, que as casas ali estão isentas de impostos e que a polícia vem semanalmente receber o dinheiro para avisar quando vêm rusgas. Depois de nos despedirmos, começámos a descer, mas agora por outro caminho, que foi dar justamente ao lugar onde estavam os rapazes que vigiavam a favela. Era um bar, que tinha sido comprado por um estrangeiro. O rapaz do bar perguntou-nos se queríamos sentar-nos um pouco na esplanada, ao que respondemos, depois de hesitar um pouco, pensando nos miúdos que estavam a dois metros com metralhadoras, que sim. Já se nos tinha acabado o dinheiro, pelo que tivemos que regressar a pé para o hostel, cerca de uma hora e meia a reflectir sobre tudo o que se tinha passado neste dia. Depois de chegarmos e comermos, a Carolina foi descansar um pouco, para depois irmos sair. Entretanto, fiquei a falar com algumas pessoas que estavam no hostel, sobre o dia que tínhamos passado, e tudo mais. A conversa estendeu-se por toda a noite, e portanto, não fui acordar a Carolina, ficámos pelo hostel nessa noite.</div>
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Último dia no Rio. Para este dia, estava planeado ambos subirmos o morro Pão de Açúcar, eu ia fazer escalada e a Carolina ia de teleférico. Nessa tarde separámo-nos. Eu acabei por me perder do rapaz que vinha comigo fazer a escalada e acabei por fazer uma caminhada num parque lá perto. Cheguei ao hostel por volta das 19h00 e a Carolina ainda não tinha chegado. Quando finalmente chegou, digiriu-se a mim e deu-me um abraço, algo parecia ter-se passado. Depois de 4 dias, 4 noites, caminhando tranquilos nas ruas do Rio de Janeiro, sem qualquer indício de perigo, eis que no nosso quinto e último dia, a Carolina foi assaltada em plena praia de Copacabana, supostamente uma das zonas seguras da cidade, às 15h da tarde, por dois miúdos, que lhe fizeram dois cortes acima da sobrancelha, com um bocado de vidro. Levaram 50 reais. A imagem que se começava a criar de que afinal o Rio não era "assim tão perigoso como dizem" desvaneceu-se um bocado. De noite fomos sair para a Lapa, mas umas salsichas estragadas ingeridas ao almoço, acabaram por nos estragar a nossa última noite no Rio... voltámos para o hostel, onde passei o resto da noite com vómitos e etc. Esta foi uma das fortes, de manhã estava completamente fraco, quase incapaz de andar, pois tudo o que comia era imediadamente expulso pelo estômago, apenas ganhei coragem para me levantar porque tínhamos um vôo comprado. Chamámos um táxi para o aeroporto, e com algum custo, lá chegámos, com a Carolina a carregar ambas as malas e eu quase a rastejar. Não foi a despedida que idealizámos desta magnífica cidade, que nos deixou marcas e um enorme desejo de regresso, mas nem tudo é perfeito!<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrW3LbBP5wtB0Hc-RMQWSAKcVPX0GrSzGbyqAAiNANWCdM_G9ZHO-fXfwzTA9p3ejvw0vBGoS3jVd3DRmW95yeb7RJQL6g46kt-hk_6kAMWqzawqQUDSCpx21wkXoE2W_63n3DGSnCa385/s1600/IMG0402A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrW3LbBP5wtB0Hc-RMQWSAKcVPX0GrSzGbyqAAiNANWCdM_G9ZHO-fXfwzTA9p3ejvw0vBGoS3jVd3DRmW95yeb7RJQL6g46kt-hk_6kAMWqzawqQUDSCpx21wkXoE2W_63n3DGSnCa385/s320/IMG0402A.jpg" width="320" /></a></div>
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<br /></div>Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-17438413009389368452011-12-03T20:55:00.001-08:002011-12-03T21:03:55.833-08:00Fim de semana em São Paulo<br />
14 e 15 de Agosto<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1rAlfiDcPIZABt0Z_EOlskgzC4_AINT13qokBhU209Lsb0eKq_taI7sm7e5fyU-prRhgaIXNSWElFTurGtVR_g3YwCavZEkIEpPWrsYXUT5pD5NGVzHQ6UKRqucjfgyY_38skmSM3i-cp/s1600/PICT1789.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1rAlfiDcPIZABt0Z_EOlskgzC4_AINT13qokBhU209Lsb0eKq_taI7sm7e5fyU-prRhgaIXNSWElFTurGtVR_g3YwCavZEkIEpPWrsYXUT5pD5NGVzHQ6UKRqucjfgyY_38skmSM3i-cp/s320/PICT1789.JPG" width="320" /></a></div>
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Chegámos a S. Paulo de carro, com a Roberta e o Eduardo, onde nos aguardava um fim-de-semana recheado de descobertas e bom feeling! Logo à partida, percebemos que o trânsito é caótico, e que as regras todas que seguimos em Portugal, aqui são meros formalismos. Para abrir o apetite, visitámos o centro, onde conhecemos a praça Anchieta na qual S. Paulo foi fundada. Passada 1h de passeio, podíamos jurar que estávamos em Nova Iorque! Esta é a cidade mais rica do país, coberta de arranha-céus modernos, avenidas largas e onde existe gente de todas as etnias. Com a chegada da hora de almoço, dirigimo-nos ao bairro japonês onde comemos um prato maravilhoso de sushi. O Vitor tirou tanta comida que acabou por deixar imenso no prato!<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkzXUTyC73cPLTYi7RYDEfVwmKGwppWCfKSoqGNacD-Q5AwGnoSKta4oWMH0GmIoXw3JVmLS9Knnr7G4p8HGJrTv58CpCVClUxaWiftv1G2-A_Nj0g6myB5vHyQ9hH3Tlq64uVPu-Q26K2/s1600/PICT1820.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkzXUTyC73cPLTYi7RYDEfVwmKGwppWCfKSoqGNacD-Q5AwGnoSKta4oWMH0GmIoXw3JVmLS9Knnr7G4p8HGJrTv58CpCVClUxaWiftv1G2-A_Nj0g6myB5vHyQ9hH3Tlq64uVPu-Q26K2/s320/PICT1820.JPG" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Continuámos o nosso passeio à tarde, onde visitámos o parque da independência. Como o nome indica, foi lá proclamada a independência do Brasil, por D. Pedro. Foi bom fugir de todo o transito e poluição, enquanto desfrutávamos de um local verde e muito agradável. Em conversa com o Edu e a Rô acabámos por descobrir que S. Paulo é a cidade com mais tráfego de helicópteros do mundo, e que este é o meio de transporte que muitos empresários utilizam para chegar ao local de trabalho. Tendo em conta toda a extensão da cidade, os 10 milhões de habitantes e a fraca cobertura da rede de metro, é fácil compreender que o trânsito seja tão impossível.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZc0qgIgSg5yvVEKqIJt4YWyDNdFLXae-VZQqsn6-WpVu9589JnLQLl6RJd6pDwM5Tzt14xx5Wz486xB-t-REpZHyZGrKtRTQn4sGoDEMiqLvWgJbktwRM3UJ2rlRZi3dyVCo1MgZy5zy9/s1600/PICT1854.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZc0qgIgSg5yvVEKqIJt4YWyDNdFLXae-VZQqsn6-WpVu9589JnLQLl6RJd6pDwM5Tzt14xx5Wz486xB-t-REpZHyZGrKtRTQn4sGoDEMiqLvWgJbktwRM3UJ2rlRZi3dyVCo1MgZy5zy9/s320/PICT1854.JPG" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Pela noite fomos ao bairro italiano, onde estava a decorrer uma grande festa religiosa! Toda a gente andava na rua ao som de música italiana, e descobrimos um restaurante maravilhoso para jantar, na companhia do pai da Roberta que se juntou a nós. Foi uma noite bastante animada!<br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Depois do merecido descanso, almoçámos com o Edu, a Roberta e a família, uma vez que era o dia do pai. Após as despedidas, que muito nos custaram, passeámos o resto da tarde pelo parque de Ibirapuera, que é gigantesco e alberga vários centros culturais. De noite, apanhámos o autocarro que nos levaria a uma das cidades que mais tinhamos curiosidade de visitar: O Rio!<br />Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-77665159533964057172011-12-03T20:40:00.001-08:002011-12-03T20:55:11.531-08:00O reencontro<br />
Santos<br />
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>9 a 13 de Agosto de 2011<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIcQNjZA5LFzmUiFcleXLjPqB-C4E0QGjPdVNKZB2BC5Fq_3Tb0mkuhYDnuJntzBgoOqRWMIeOxsefPxwRCzWL9SyQJOJ4I1XipT9hcw8xChsZ_eCgI6HCYlBggsn-AMxrIkmKoI-iiccN/s1600/2011-08-12+17.52.38.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIcQNjZA5LFzmUiFcleXLjPqB-C4E0QGjPdVNKZB2BC5Fq_3Tb0mkuhYDnuJntzBgoOqRWMIeOxsefPxwRCzWL9SyQJOJ4I1XipT9hcw8xChsZ_eCgI6HCYlBggsn-AMxrIkmKoI-iiccN/s320/2011-08-12+17.52.38.jpg" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Antes de chegar o dia 9 de Agosto, eu já tinha sonhado com ele vezes e vezes sem conta. Em Santos, iamos encontrar a Rô, o Edu e a Tânia, que viveram comigo em Portugal durante quase 2 anos! De modo que quando o autocarro chegou a Santos, depois de uma noite de viajem, eu tinha o coração a bater muito rápido com a expectativa, e o Vitor tinha os ouvidos já cheios das aventuras que vivemos quando eles ainda estavam em Lisboa.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgq_AlpS-DWlsHiGaYCRPb0pnl_I7wpJquu4I7imXF2uSMETg7mpf3Q1knwBjWscWag2kQ9zseARYbyYXgqhulzmPjD7sb37Pv2FeqqEYJOkns3BTzcf9SDNEXbmTGTOZOkg74kDC6L3GC/s1600/PICT1557.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgq_AlpS-DWlsHiGaYCRPb0pnl_I7wpJquu4I7imXF2uSMETg7mpf3Q1knwBjWscWag2kQ9zseARYbyYXgqhulzmPjD7sb37Pv2FeqqEYJOkns3BTzcf9SDNEXbmTGTOZOkg74kDC6L3GC/s320/PICT1557.JPG" width="320" /></a>Com a morada deles na mão, percorremos ainda alguns quilómetros a pé até chegarmos à porta do prédio (maldito taxista que nos disse que era perto!). A alegria não podia ter sido maior. Depois de muitos abraços e lágrimas, tomámos o pequeno-almoço que a Rô nos preparou, e até chegar a hora de almoçar houve tempo para uma banhoca e para começar a pôr a conversa em dia. Percebemos imediatamente que seria impossível ficar apenas três dias, como tinhamos planeado, e decidimos ficar mais tempo. Ao almoço pude voltar a comer a maravilhosa comida da Rô, com a qual me deliciei. Foi aí que chegou a Tânia e senti a alegria de mais um reencontro! Mais tarde fomos descansar um pouco, até a Rô voltar de uma audiência de trabalho. Nesse dia passeámos a pé por Santos, especialmente pela praia que já tinhamos podido ver da janela da casa do Edu e da Rô. A Rô foi a melhor guia turística de sempre, e com ela aprendemos que Santos é uma ilha, onde se encontra o maior porto da América do Sul. Foi lá também que nasceu o Surf no Brasil, e o desporto é uma constante em toda a cidade. Nessa noite, provámos uma das refeições que mais recordamos desta viagem: pastel e caldo de cana! O pastel é uma espécie de rectângulo de massa quente, recheado com o que se queira, e o caldo de cana é feito a partir das canas de açúcar espremidas... Divinal.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrawbop29CU88gjNtzjb1mNtJYsIZ75TJQMAWv7qnP37n2legStqteGl8LbC5l1lX74LHaRxnx5IsfS-pmQLlegin3ZiujwNIdILjntUIF62hqFwp7ifiSgEdtvIxL85wcJDmT9z38NszW/s1600/PICT1577.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrawbop29CU88gjNtzjb1mNtJYsIZ75TJQMAWv7qnP37n2legStqteGl8LbC5l1lX74LHaRxnx5IsfS-pmQLlegin3ZiujwNIdILjntUIF62hqFwp7ifiSgEdtvIxL85wcJDmT9z38NszW/s320/PICT1577.JPG" width="320" /></a></div>
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<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Os dias seguintes foram recheados de experiências únicas e inesquecíveis! Fomos a S. Vicente, mesmo ao lado de Santos, onde conhecemos o lugar exacto onde os portugueses desembarcaram para colonizar o Brasil. Depois de tantos anos a falar dos Descobrimentos, foi engraçado visitar estes lugares históricos. Em S. Vicente visitámos ainda o miradouro do arquitecto Oscar Niemeyer, que desenhou Brasília, e desfrutámos de uma vista maravilhosa, ainda com o gostinho do brigadeiro e bolo de côco que comemos pelo caminho, oferecidos pela mãe da Roberta. Mas as iguarias ainda não tinham acabado! De volta a Santos, fomos buscar o Edu e provámos Esfihas, umas pizzas em miniatura que nos deixaram de barriguinha cheia até ao dia seguinte. Acordámos cedo para visitar o centro histórico de Santos, onde andámos de bondinho e subimos mais de 400 degraus até ao topo de um morro onde se podia ver toda a cidade. Andámos também de catraia, uns barcos que os locais utilizam para se deslocar para o trabalho, foi bom poder experimentar a vida real das pessoas que vivem em Santos, e não apenas a vida turística. Pela noitinha, fomos assistir a um concerto de samba rock, onde pudemos conhecer mais música brasileira, e ouvir este estilo do qual tanta gente nos falava e que parece estar muito em voga pelo Brasil. Ficámos com pena de não conseguir encontrar nenhuma casa de bossa nova, mas pelo que percebemos, é um estilo musical de "velhos" e que não é fácil encontrar.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIvV9xmmDwaheTtELSQnHZem29hCq4y6hVvaH2CItVxKkAp2NrvxO83sjc5j6slhvk-Jkk-Wv29TzG7ziuqSLU0grZN3BqLt9OlxU1fTX27mDTLACmMi_aE6222bD0E2U_-FFhrkrOxlpM/s1600/IMG0342A.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIvV9xmmDwaheTtELSQnHZem29hCq4y6hVvaH2CItVxKkAp2NrvxO83sjc5j6slhvk-Jkk-Wv29TzG7ziuqSLU0grZN3BqLt9OlxU1fTX27mDTLACmMi_aE6222bD0E2U_-FFhrkrOxlpM/s320/IMG0342A.jpg" width="320" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Até partirmos para São Paulo, onde estamos agora, houve ainda tempo para uma manhã na praia, onde as ondas e a água muito quente nos encantaram! Passámos também um fim de tarde a tocar guitarra e a cantar todos juntos, mostrando música portuguesa e brasileira uns aos outros. O Edu e a Roberta ajudaram-nos ainda a pesquisar em companhias brasileiras, vôos do Rio de Janeiro para a Foz do Iguazu, que de autocarro demoraria 22 horas. Concluímos que o preço do autocarro e do voo era o mesmo, pelo que optámos por comprar o voo.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span> Numa tarde de coragem subimos de teleférico a um monte que descemos de parapente! Foi uma actividade muito bonita e nada radical, que nos permitiu apreciar a paisagem lindíssma de Santos e S. Vicente. Experimentámos pão de queijo, açaí e pizza brasileira, que se juntam à lista dos petiscos deliciosos que os nossos amigos nos deram a provar, e passeámos à noite pelo centro histórico, onde escutámos mais música ao vivo e bebemos umas caipirinhas deliciosas. Felizmente, conseguimos convencer a Rô e o Edu a vir connosco passar o fim de semana a S. Paulo, e assim adiar a despedida por mais uns dias! Da Tânia tivemos que nos despedir ontem, com muita tristeza mas com a promessa de um reencontro breve em Portugal.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicQnQkYHJaH8E7Sz7f4rXLyiz9FF8V1iSzVz21fdCXzITsY1ApwsdtfBUa3izwvAe84PuAiMUILD8OFt_P6P3xKFUB3GeRz_eaH1hAmFs9XnsOMjBmwCVZ0ysXh3-hPAzZ9yRoriiHs0Hp/s1600/2011-08-12+15.53.06.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicQnQkYHJaH8E7Sz7f4rXLyiz9FF8V1iSzVz21fdCXzITsY1ApwsdtfBUa3izwvAe84PuAiMUILD8OFt_P6P3xKFUB3GeRz_eaH1hAmFs9XnsOMjBmwCVZ0ysXh3-hPAzZ9yRoriiHs0Hp/s320/2011-08-12+15.53.06.jpg" width="240" /></a><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Até voltarmos para contar a nossa estadia em S. Paulo, deixamos um grande beijinho! Até já!<br />
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<br /></div>Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-58275199401191152302011-12-03T20:30:00.001-08:002011-12-03T20:38:19.024-08:00Florianópolis<br />
6 a 8 de Agosto<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEUbTbWa7SBQVuWGZjmqGY13Gej9Oy9VvRY12KbaY7Rk5ysN3YYKm-kBmtqPPjPSHqf07SIpQEzcJFA6-6smvOmIwcvLGxIbmz3N3KCnGKn4W8dnrj64CSlGLPRwxacS0eaZ5C4LmM2tmk/s1600/PICT1524.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEUbTbWa7SBQVuWGZjmqGY13Gej9Oy9VvRY12KbaY7Rk5ysN3YYKm-kBmtqPPjPSHqf07SIpQEzcJFA6-6smvOmIwcvLGxIbmz3N3KCnGKn4W8dnrj64CSlGLPRwxacS0eaZ5C4LmM2tmk/s320/PICT1524.JPG" width="320" /></a></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU0EPPRZN41wwUrQIj7naM2eFd_s1_Jkj5NrNW8-aJWZ-ZqJksxmgZ-zKLoss9_enHvXy2DFymjUnVNMVqcjnIth_7mIPV6Ez2y2ZCiksWNTMR9diaX0zRUWPKZ0eW3MnUmvRifPdSZl_X/s1600/PICT1504.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU0EPPRZN41wwUrQIj7naM2eFd_s1_Jkj5NrNW8-aJWZ-ZqJksxmgZ-zKLoss9_enHvXy2DFymjUnVNMVqcjnIth_7mIPV6Ez2y2ZCiksWNTMR9diaX0zRUWPKZ0eW3MnUmvRifPdSZl_X/s320/PICT1504.JPG" width="320" /></a>Um encanto! Tínhamos planeado ficar apenas dois dias, mas assim que chegámos à Lagoa da Conceição, percebemos rapidamente que dois dias não seriam suficientes para disfrutar deste paraíso. A melhor época para vir a Florianópolis é mesmo no Verão, pois nesta altura as temperaturas ainda são um pouco baixas, e chove muito. Felizmente tivemos a sorte de sermos recebidos com um lindo dia de sol. A lagoa confere a este lugar uma beleza muito própria, podemos parar e ficar simplesmente a olhar. Caminhámos toda a tarde, pela lagoa, pelas dunas, onde havia pessoas a praticarem sandboarding, e donde se podia disfrutar de uma bela vista para a praia. Quando regressámos ao hostel, a expressão "o mundo é pequeno" veio-me à cabeça. Nesse mesmo hostel estão hospedados colegas meus do ISCTE! É verdade, escolheram Florianópolis para fazerem intercâmbio durante um semestre (a propósito, excelente escolha), e estão temporiariamente no hostel enquanto não encontram casa. Depois de colocarmos a conversa em dia, jantarmos, e convencermos um colombiano que não planeava sair nessa noite, a ajudar-nos a beber a nossa garrafa de cachaça e a sair connosco, dirigimo-nos para a festa de intercâmbio! Lá a Carolina encontrou também umas amigas das Caldas da Rainha. Foi uma noite de festa e muito divertimento! No dia seguinte tivemos de ir ao centro comprar os bilhetes para Santos, e ficámos por lá a passear. Nesta pequena viagem de autocarro deu para começar a perceber que a condução aqui é um pouco diferente, se tivesse de escolher um adjectivo seria, agressiva! Depois de uma tarde a passear pela cidade à procura de algo bonito, concluimos que o interessante de Florianópolis está mesmo na outra parte, e que esta foi quase uma tarde perdida.<br />
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No terceiro dia e último dia, o qual tínhamos pensado acordar cedinho para ir conhecer o sul da ewfwef, acordámos com trovoada e uma descarga monumental de água. Pouca sorte. Passámos o dia no hostel e num café a fazer tempo até à hora do autocarro para Santos. Mais uma grande viajem ao longo da costa brasileira nos aguarda, cá vamos nós outra vez!Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-23626924576106449092011-12-03T20:22:00.001-08:002012-01-15T18:23:24.018-08:00Chegada ao Brasil<br />
4 e 5 de Agosto<br />
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Tal como idealizámos, as grandes viagens seriam feitas, sempre que possível, pela noite, de modo a economizar a respectiva dormida. Esta foi a primeira grande viagem por terra, cerca de 12 horas de Punta del Este a Porto Alegre, com direito a duas refeições e tudo. Descemos o autocarro, com os olhos ainda meio fechados, e as pessoas voltaram a falar um dialecto familiar. Olá Brasil! Que saudades de ouvir falar a nossa língua!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWr2GTh7_AuCv5-_oJEf5AlQHu43pDcq62tWgQExuACrjSUXERyKDWquEpHJeYKvHI10TBO74YILsYcvpiQVj_LAsCwZXxRjP_pH2Mx5kYAeggXeuZvKx-ZmzlKu72jyxYcnOJ5rBJoT4a/s1600/IMG0260A.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWr2GTh7_AuCv5-_oJEf5AlQHu43pDcq62tWgQExuACrjSUXERyKDWquEpHJeYKvHI10TBO74YILsYcvpiQVj_LAsCwZXxRjP_pH2Mx5kYAeggXeuZvKx-ZmzlKu72jyxYcnOJ5rBJoT4a/s320/IMG0260A.jpg" width="320" /></a></div>
Acabados de chegar ao terminal, há algumas tarefas a realizar, mais ou menos por esta ordem. Encontrar uma casa de banho (banheiro) para lavar os dentes e tudo o mais, uma casa de câmbio, uma loja de internet, para procurar e reservar o hostel mais barato da cidade, saber os horários e preços dos autocarros (ônibus) para Florianópolis, e finalmente, ir ao posto de turismo buscar um mapa da cidade. Rimo-nos muito quando perguntámos a uma rapariga (moça) o que havia de interessante para se visitar na cidade, e ela nos respondeu “tem o shopping”.<br />
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Tudo tratado, apanhámos o autocarro para o hostel, onde nos aguardava um staff bastante hospitaleiro, e um pequeno-almoço (café da manhã) delicioso.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDGAlZr7nx8K7IbpiadpXe-sITNSZqnqBi9ETnh1kd__lnQes-zmQ27bPa8akR5vwzxptodqRe0tKPLO0VyDD6DlOkZ1rG2Yy06Bxeryu-pW8xBsmf7uFgzZRAj69Iy91XaZzPpkercJN6/s1600/IMG0273A.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDGAlZr7nx8K7IbpiadpXe-sITNSZqnqBi9ETnh1kd__lnQes-zmQ27bPa8akR5vwzxptodqRe0tKPLO0VyDD6DlOkZ1rG2Yy06Bxeryu-pW8xBsmf7uFgzZRAj69Iy91XaZzPpkercJN6/s320/IMG0273A.jpg" width="320" /></a>Varremos as ruas de Porto Alegre numa tarde. Não é uma cidade muito diferente das europeias, excepto a elevada densidade populacional, é incrível observar tanto movimento. No entanto, das 19h para as 20h parece que se dá algum tipo de fenómeno, pois as ruas ficam desertas, deve ser para ver a novela. Estávamos hospedados a duas ruas da zona dos bares, à noite fomos beber um copo. À semelhança da Argentina, a cerveja continua a ser suminho, vamos ter mesmo de nos começar a dedicar às caipirinhas. Um aspecto curioso é que se pagava para entrar em quase todos os bares, com os preços discriminados, uma parte para a banda e outra para a casa. Acabámos por entrar num bar de jazz, onde estava a tocar uma banda cujos membros não deviam ultrapassar os 20 anos, mas que tocavam muito bem!<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiO0-in0C4MNZo6iWsjz32jO2wrIYuK2W7qy6Vm-ParWN2zvxHmJhsBlCCeJZeEp8hCo4sjCOfDUfffdf_BDdMn1WVTNyo5hXoy_RwXa5lYdl06F6Ylzm_zAXgSPKdrmVqZeAwknYak5Oda/s1600/PICT1470.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiO0-in0C4MNZo6iWsjz32jO2wrIYuK2W7qy6Vm-ParWN2zvxHmJhsBlCCeJZeEp8hCo4sjCOfDUfffdf_BDdMn1WVTNyo5hXoy_RwXa5lYdl06F6Ylzm_zAXgSPKdrmVqZeAwknYak5Oda/s320/PICT1470.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Hoje dormimos até tarde e passeámos muito calmamente pela zona verde da cidade. Para despedida, observámos o sol a por-se no lago Guaíba. Vamos agora apanhar um táxi e seguir para Florianópolis!</div>Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-1875146528460801492011-12-03T18:54:00.001-08:002012-01-11T22:10:11.739-08:003 dias no Uruguai<br />
1 de Agosto<br />
A entrada no Uruguai foi em grande, o filme escolhido para a viagem foi o Into the Wild, que nos fez reflectir bastante, e que ainda hoje nos continua a marcar.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkSy3vs0RrAKAR8QHfN1vLgDtgJfsS0Vn62dsEG8hLXvRI_M8F0OfmDo55Ic8onXcmmYhyolyIEfuzQKXR3TAhceYsUVBEy6PEkEGrruB70R4P4fP9SM98vwoXxP98l2Aw-litit9yApWK/s1600/PICT1344.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkSy3vs0RrAKAR8QHfN1vLgDtgJfsS0Vn62dsEG8hLXvRI_M8F0OfmDo55Ic8onXcmmYhyolyIEfuzQKXR3TAhceYsUVBEy6PEkEGrruB70R4P4fP9SM98vwoXxP98l2Aw-litit9yApWK/s320/PICT1344.JPG" width="320" /></a></div>
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Chegámos então a Colónia Sacramento, uma antiga colónia portuguesa, a única no continente sul americano que não se situa no Brasil. É uma província muito pequena, que é possível conhecer apenas num dia. Parece um pouco parada no tempo, as ruas desertas, os carros e as casas muito antigos. Aqui disfrutámos de um passeio a pé pelas ruinas portuguesas, e outro de bicicleta ao longo da linha da costa. Contudo, o que mais nos marcou em Colónia foi o casal de irlandeses que conhecemos no hostel, e que estavam a viajar há um ano pelo mundo. Este foi o nosso primeiro contacto com viajantes de longo curso. Ficámos fascinados, perplexos a ouvir durante toda a noite as histórias que tinham para contar. Desiludidos com a vida em Dublin, resolveram vender carro, casa e afins, compraram voo para Hong Kong e começaram a aventura pela Ásia. Curiosamente o percurso que fizeram na América do Sul era idêntico ao que estávamos a pensar fazer, apenas por ordem inversa, o que nos permitiu adicionar à nossa lista bastante informação sobre lugares de interesse. Apesar de estarmos apenas no início da nossa viagem, já circulava cá dentro o desejo de fazer mais viagens no futuro, de maior duração. Nesta noite, percebemos que isso era real, que havia mais pessoas no mundo a pensar como nós! Esta foi uma noite em que sonhámos. Desde logo começámos a planear novas viagens, imaginar novas rotas, e prometemos que no máximo, daí a 5 anos faríamos uma viagem sem regresso.<br />
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<br /></div>Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1862298396621380032.post-83791982675206061522011-11-08T18:48:00.001-08:002012-01-11T22:05:43.824-08:00Buenos Aires<br />
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27 de Julho</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFY_dOB94Z9PWJx-BunW5BlItEgMdpRLN3i-b_hytMhyW9scUVLsHhlsUfqEg5QUH9vywxUiZScIvYaxV9D2bgbspIvY7xkppdJhyadccMV27Z9QLvJxF6w7xIg4ov0LnxDmBksTnTS6NP/s1600/PICT1083.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFY_dOB94Z9PWJx-BunW5BlItEgMdpRLN3i-b_hytMhyW9scUVLsHhlsUfqEg5QUH9vywxUiZScIvYaxV9D2bgbspIvY7xkppdJhyadccMV27Z9QLvJxF6w7xIg4ov0LnxDmBksTnTS6NP/s320/PICT1083.JPG" width="320" /></a>Quando finalmente o Vítor percebeu que não
estávamos mais em Lisboa, deu um salto da cama e foi a correr para o banho. Foi
um óptimo primeiro dia, em que percorremos as ruas de Buenos Aires sem qualquer
destino, coisa que eu adoro fazer para sentir os cheiros, ver as pessoas e as
luzes das cidades que ainda não conheço. Desde logo percebemos que Buenos Aires
é um lugar de contrastes, onde se vê todo o tipo de gentes e culturas, onde as
arquitecturas antigas se misturam com grandes painéis virtuais de publicidade e
onde muitas ruas têm cerca de seis faixas de trânsito em cada sentido! Deliciámo-nos
também com a simpatia de todos os que encontrámos, e concluímos que, por certo,
tínhamos chegado à terra da boa-fé. Na noite de hoje conhecemos ainda dois compositores
novos, no Teatro Colón. Seguindo as pistas que o meu pai me deu, reservei ainda
em Portugal dois bilhetes e resolvi fazer a surpresa de aniversário ao Vítor. O
teatro é magnífico, com seis andares de camarotes de veludo vermelho e madeira
dourada. Depois de mais um passeio regressamos ao nosso hostel, marcados por um
sentimento de êxtase e entusiasmo. Afinal de contas, estamos do outro lado do
Oceano, a dormir numa cidade fantástica da qual ainda tanto temos para
conhecer. Nem parece real. <o:p></o:p></div>
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1 de Agosto</div>
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Conhecemos a cidade de Buenos Aires da
melhor maneira que se pode conhecer qualquer lugar, caminhando. Partindo do
bairro de San Telmo, e seguindo o mapa, visitámos tanto zonas pobres como o
bairro La Boca, onde as casas são coloridas e onde o comércio de rua abunda,
como zonas ricas, das quais é um exemplo Puerto Madero onde podemos disfrutar
da bela paisagem dos altos edifícios reflectidos na água da marina, ambas de
igual encanto. Nesta última tivemos a oportunidade de saborear uma carne
deliciosa no restaurante Sorrento, recomendado pelo pai da Carolina. Passados
uns dias, apercebo-me de uma falha nos preparativos para esta viagem, curso
básico de espanhol! É verdade, pensei que seria mais fácil. De cada frase
entendo vinte por cento do que as pessoas dizem, o que vale é que a Carolina
entende o suficiente para nos desenrascarmos! Enfim, isto há-de melhorar…<o:p></o:p></div>
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este tipo de regime, a ditadura na Argentina deixou marcas. Marcas essas que o
povo ainda hoje faz questão de não esquecer. Todos os Domingos as mães dos 30
000 desaparecidos juntam-se na Plaza de Mayo para chorarem a perda dos seus
filhos. Está em construção um museu sobre a ditadura no local de uma antiga
prisão, onde muitas pessoas desapareceram.<br />
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Finalmente,
o que mais nos encantou em Buenos Aires, o tango. É algo mágico, indiscritível,
tem que ser visto com os próprios olhos. Nunca havemos de esquecer a noite em
que fomos à milonga “A Catedral”, onde todas as pessoas, desde velhos a novos,
se levantavam das cadeiras para dançarem o tango, ao som da banda. Fenomenal,
como é possível existir tanta telepatia, uma troca de pernas e um encaixe tão
perfeito? Está-lhes no sangue! É incrível que uma dança possa transmitir tanta
sedução e respeito ao mesmo tempo. É possível sentir a tensão que se cria, e
que de seguida se alivia, uma mistura de amargo e doce, tão nítido que quase
conseguimos imaginar uma história.<o:p></o:p></div>
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Algumas curiosidades. Na Argentina o Ensino Superior público
não é pago, os transportes públicos são financiados pelo estado e por isso
bastante baratos (1 viagem de metro custa 20 cêntimos). Num Sábado véspera de
eleições em que fomos sair à noite, a zona de Palermo, supostamente com vida
nocturna activa, estava praticamente morta. Isto porque o dia seguinte era de
eleições e assim sendo a vende de álcool é proibida. <o:p></o:p></div>
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Despedimo-nos de Buenos Aires com um passeio pela bonita
zona verde da Recoleta. Das 15 viagens de metro que comprámos apenas utilizámos
6, deixámos as restantes para o staff do nosso hostel. Rumámos então ao
terminal do BuqueBus, para fazer a nossa primeira viagem no continente sul
americano, que por sinal, seria uma travessia ao rio Plata, rumo ao Uruguai,
Colónia Sacramento.<o:p></o:p></div>
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<br /></div>Vitorhttp://www.blogger.com/profile/07411767606524424529noreply@blogger.com0